Depois de vários apelos dos consumidores portugueses, a Tesla já está presente no mercado nacional – numa primeira fase, apenas para encomendas online, mas está prometido um concessionário no segundo semestre do ano. Acaba por ser uma promessa cumprida por parte do CEO da marca norte-americana, Elon Musk, que em maio do ano passado tinha respondido a diversos pedidos de potenciais clientes portugueses no Twitter para abrir um centro de assistência técnica e um concessionário da Tesla em Portugal.
Compras à parte, é preciso passar para a fase B: contratar um seguro para um carro elétrico. O site ComparaJá.pt, plataforma gratuita de comparação de produtos financeiros, analisou a oferta das principais seguradoras nacionais e concluiu que um proprietário de um Model S 60 pode ter de desembolsar mais de 2300 euros de prémio anual.
A análise incidiu sobre a oferta mais completa entre as opções pré-definidas da cobertura de danos próprios da LOGO, N Seguros, Liberty Seguros, Fidelidade, Allianz, Lusitania Seguros, Mapfre e Ageas a partir do perfil de homem de 34 anos, residente na cidade do Porto, com carta desde 2000 e sem histórico de sinistralidade, isto tendo em conta a versão 320 cv da luxuosa berlina da marca fundada por Elon Musk, cujo preço se fixa nos 81 300 euros.
“Da análise excluíram-se, por razões diferenciadas, a Tranquilidade – a seguradora não permite simulações para veículos com cilindrada zero (própria dos carros elétricos) -, a Generali, que não inclui este modelo na sua plataforma de simulação, e a Direct, que não permite a simulação dado o elevado valor de capital seguro em questão. Por não registarem diferenças significativas entre as várias seguradoras, as coberturas de Ocupantes, Proteção Jurídica e Assistência em Viagem não foram escrutinadas nesta análise”, revela o site.
Depois da ronda feita ao mercado, esta plataforma chegou à conclusão de que a diferença entre a opção mais económica e a mais dispendiosa é de quase 1700 euros por ano. Mas deixa um recado: “É fundamental ter em atenção a abrangência das coberturas oferecidas pelas seguradoras; a escolha dos consumidores não deve recair exclusivamente no fator preço.”
Mas os cuidados não ficam por aqui. “Na altura de escolher o melhor seguro para o seu automóvel, o consumidor deve dar especial atenção ao tipo de coberturas incluídas, assim como aos capitais e franquias que cada produto oferece”, lembra Miguel Mamede, responsável pela área de seguros do ComparaJá.pt, acrescentando ainda que “existem algumas soluções que, apesar de terem preços mais competitivos, excluem, por exemplo, a garantia de valor em novo da viatura, aspeto que será certamente diferenciador para quem procura uma proteção à altura do seu Tesla S 60”.
Na garantia de valor em novo, em caso da perda total ou roubo do veículo em decorrência de um sinistro previsto nas condições do contrato, a seguradora paga ao tomador o valor do automóvel em novo aos preços de mercado aquando da aquisição da viatura. De realçar que esta cobertura é específica para veículos novos e tem um prazo de vigência previamente fixado (normalmente, entre dois e três anos).
“Outro fator a ter em conta é a franquia que se paga na eventualidade de sofrer um sinistro, isto é, o valor do prejuízo que fica a cargo da pessoa segura. Isto significa que se, por exemplo, a franquia for de 50 euros e o prejuízo do sinistro for de 100 euros, a seguradora só é responsável pelo correspondente a metade dos custos do prejuízo”, explica Miguel Mamede, acrescentando que “importa privilegiar os produtos que não possuem franquia”.
“Tendo em conta a relação preço/cobertura, destaca-se a opção da Allianz. Embora represente o dobro dos encargos face à oferta da LOGO, seguradora que apresenta o prémio mais reduzido entre as ofertas analisadas, o produto da Allianz oferece uma cobertura mais alargada com um fator diferenciador: a inexistência de franquia”, conclui o responsável do ComparaJá.pt.