A venda do Novo Banco poderá vir a ser discutida no parlamento. O PCP tenciona pedir a apreciação parlamentar do diploma sobre a venda do banco que resultou do colapso do BES.
Miguel Tiago anunciou, esta manhã, na TSF, que "o PCP defende a nacionalização, a integração do Novo Banco no sistema público bancário, e fará, eventualmente, uma apreciação parlamentar para assegurar isso. Não abdicaremos de nenhum instrumento parlamentar para assegurar o controlo público da instituição".
O deputado comunista deixou claro que o objectivo é a nacionalização e que o PCP não está interessado numa "aliança pontual com outras forças que só querem a desestabilização".
A venda do Novo Banco vai avançar com a oposição dos partidos que apoiam o governo. O Estado poderá ficar com uma participação de 25%, mas sem qualquer influência na gestão do banco.
Uma solução criticada pelos comunistas e pelo Bloco de Esquerda. Miguel Tiago defende que "a venda do banco será profundamente contrária ao interesse nacional, porque aquilo que nos está a ser colocado é que o Estado deve abdicar de qualquer intervenção, mesmo que participe no capital da empresa".
Catarina Martins afirmou que esta solução é "o pior de dois mundos". Para a coordenadora do BE, o Novo Banco "deve permanecer público, porque tem muito dinheiro público".