Os comunistas continuam a acreditar que a nacionalização seria a solução que melhor defenderia os interesses do Estado no negócio do Novo Banco.
Miguel Tiago considera que "não é verdade" que não houvesse alternativa e que Portugal poderia ter resistido à pressão de Bruxelas para vender o Novo Banco ao fundo Lone Star.
De resto, Miguel Tiago acredita que a participação de 25% que o Estado vai manter no banco é afinal uma garantia pública.
"A Lone Star agradece essa garantia com outro nome", ironizou o deputado comunista que não poupa críticas à direita e não esquece que foi no anterior Governo que se iniciou o processo que teve agora como desfecho o acordo de venda firmado na passada sexta-feira.
"Foi uma resolução mal feita, porque além de envolta em mentiras não segregou os ativos do banco que deveria", apontou Miguel Tiago, recordando que "o anterior Governo optou por deixar de fora as propriedades e o ativo do Grupo Espírito Santo que poderiam servir para tapar os buracos que foram criados pelo próprio Grupo Espírito Santo".
"A opção do PSD/CDS na altura foi permitir que esse dinheiro fosse desbaratado", criticou o deputado do PCP.