O presidente francês anunciou esta segunda-feira a sua escolha para primeiro-ministro e chefe do governo: Edouard Philippe, militante do Les Republicains, o partido de centro-direita que ficou de fora da segunda volta e cujo voto Emmanuel Macron tenta fraturar em busca de um bom resultado nas legislativas.
Os meios de comunicação franceses vinham dando Edouard Philippe na frente da corrida para primeiro-ministro francês precisamente por ser uma escolha que agrada ao centro-direita. Macron quer garantir uma maioria parlamentar, mas para isso tem de compensar a falta de bases no seu jovem movimento, La République en Marche.
Philippe parece ser a chave para o conseguir. Segundo escreve o “Le Monde”, o (agora) ex-presidente da Câmara de Havre é uma figura muito próxima de Alain Juppé, também do Les Republicains e que, mesmo tendo perdido as primárias, surgia hipoteticamente no topo das intenções de voto a nível nacional.
O Partido Socialista criticou a escolha desta segunda-feira, dia em que Macron se deslocará a Berlim para um encontro com a chanceler Angela Merkel. “Felicito o braço direito de Alain Juppé pela sua nomeação”, lançou o porta-voz do derrotado candidato socialista Benoît Hamon. “Edouard Philippe será um bom primeiro-ministro da direita. Não duvidem.”