A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, afirmou esta quarta-feira, quando falava sobre o incêndio em Pedrógão Grande na comissão dos Assuntos Constitucionais, que é necessária uma reflexão conjunta para prevenir a ocorrência de uma tragédia desta dimensão. A responsável disse ainda que não estavam apenas três militares da GNR no local quando ocorreu a catástrofe.
“Este trágico acontecimento convoca-nos todos a refletir sobre a prevenção estrutural, e essa prevenção é algo que não podemos adiar mais. Falo da reforma das florestas. Não vamos ter aqui uma resposta, porque qualquer resposta que se faça hoje só terá resultado daqui a vários anos”, afirmou Urbano de Sousa.
Quanto às falhas do SIRESP, a ministra garantiu que foi pedido um “estudo independente” sobre o seu funcionamento de uma forma geral e em situações de catástrofe, por forma a perceber se é necessário “tomar medidas” sobre esta rede.
“Estavam 31 militares” da GNR na EN 236
Urbano de Sousa falou também sobre o papel da GNR e negou as notícias que têm vindo a público sobre o número de homens que estavam na Estrada Nacional 236.
A ministra garantiu que não estavam apenas três militares naquela zona no período crítico do incêndio. “Não é verdade. Já lá estavam 31 militares”, afirmou Urbano de Sousa, dizendo que o número “foi sendo reforçado”. “Muito do que se tem ouvido é injusto”, acrescentou.