População de Pedrógão vai ter cuidados de saúde reforçados durante pelo menos dois anos

Garantia foi dada hoje pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, numa reunião que teve lugar na Câmara Municipal de Pedrógão Grande

A população afetada pelo incêndio de Pedrógão Grande vai ter respostas na área da saúde reforçadas pelo menos por um período de dois anos. A garantia foi dada pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, que participou numa reunião na Câmara Municipal de Pedrógão Grande.

“Esta é uma resposta dinâmica e flexível, disponível para ir às populações mais remotas, às pessoas mais isoladas, de modo a que ninguém fique para trás”, referiu Fernando Araújo, citado pela agência Lusa.

No terreno estão psiquiatras, psicólogos e técnicos de saúde mental, informou o governante. O número de profissionais de saúde não foi ainda divulgado mas a União das Misericórdias informou entretanto que irá mobilizar profissionais de saúde para trabalharem em articulação com a Administração Regional de Saúde do Centro, que abrange a zona do país fustigada pelo fogo.

Segundo o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, as várias etapas previstas no plano de ação estão “programadas, articuladas e coordenadas”, e vão estender-se durante pelo menos dois anos junto das populações dos concelhos afetados, sendo que nalgumas áreas, como a saúde mental, podem estender-se no tempo.

De acordo com Fernando Araújo, a reunião de hoje, que decorreu no município de Pedrógão Grande, serviu para coordenar as várias estruturas ligadas à saúde que já estão no terreno, de “modo a que o plano seja efetivo, não haja pessoas que fiquem para trás e todos os meios necessários estejam no terreno”.

O Secretário de Estado acrescentou ainda que, no caso da saúde pública, vão ser monitorizadas “cuidadosamente” as questões relacionadas com as águas e os solos, de modo a identificar e, se preciso, ter uma intervenção adequada para que a contaminação eventual das águas ou dos solos não coloque em causa a saúde das pessoas. “As dezenas de profissionais de diversas áreas da saúde que já estão no terreno vão utilizar as estruturas locais e unidades móveis, de forma a chegarmos às populações mais recônditas e mais isoladas, fazendo uso de toda a capacidade que temos para conseguir chegar a quem precisa”.