O presidente norte-americano iniciou este sábado o seu 11.º período de férias, o mais prolongado de todos até ao momento, contrariando a imagem de trabalhador “infatigável” que promoveu ao longo da campanha e suscitando críticas entre os eleitores e na imprensa. “Lazy Boy” – rapaz preguiçoso –, lança a mais recente edição da revista “Newsweek”, somando às férias de Trump o seu costume de ver horas de televisão diariamente.
Este novo período de férias vai ter a duração de 17 dias, envolverá “algum trabalho” e é mais que qualquer um alguma vez tirado por Barack Obama, como notava este sábado a BBC. Segundo a emissora britânica, por esta altura Obama tirara apenas duas pequenas férias, de trabalho também. O ex-presidente nunca passou mais do que dez dias fora de Washington.
Does Trump still want to be president? America’s boy king doesn’t like to work hard. Read our latest cover story: https://t.co/SPddThkJin pic.twitter.com/gyAhCqV4Up
— Newsweek (@Newsweek) August 4, 2017
Antes de ser eleito, Donald Trump criticou o seu antecessor por passar dias de férias a jogar golfe. “Vou estar a trabalhar para vocês, não vou ter tempo para jogar golfe”, disse num comício de campanha na Virgínia. “Boa ética de trabalho”, lançava em 2011, que, num dos seus livros, “Pense como um milionário”, defende que tirar férias revela que uma pessoa não gosta verdadeiramente da sua ocupação.
Donald Trump já passou 40 dias em clubes de golfe, sobretudo nas suas propriedades, onde, de acordo com a “New Yorker”, passou 56 dias dos seus seis meses na Casa Branca – um terço da sua presidência, portanto, foi passada em resortes de férias seus. O portal Trump Golf Count sugere que as visitas presidenciais às suas propriedades na Florida e Nova Jérsia já custaram 55 milhões de dólares aos contribuintes americanos.