Um objetivo e um sonho: “A divulgação dos valores liberais na sociedade portuguesa e o desejo de que um dia existisse um partido liberal em Portugal”. Foi assim que começou a Iniciativa Liberal (IL), segundo Rodrigo Saraiva, cofundador do movimento que vai esta semana entregar o requerimento para ser um partido político.
“[Pretendemos] ocupar um espaço muito específico naquele que é o espetro político português, e segundo trazer uma atitude de responsabilidade para a política”.
“Na política, sobretudo no parlamento, vemos pessoas que quando estão no poder dizem uma coisa e passam para oposição e dizem o contrário, e vice-versa” afirma o cofundador quando fala de responsabilidade política.
Rodrigo Saraiva explica que já têm “perto de 10 mil [assinaturas]” das 7500 requeridas pelo TC e que vão entregar ainda esta semana. “É um processo algo burocrático porque tem de ter o número do cidadão ou BI, há pessoas que não sabem o número de eleitor e às vezes as pessoas põe um número errado.”
A IL ainda não é partido, mas já tem bem definido a declaração de princípios. Segundo o cofundador, o projeto defende “novas atitudes e novas dinâmicas na vida política em Portugal com necessidades de reformar, de fazer evoluir, de adaptar tudo o que é sistema, sejam políticos, fiscais, de saúde, etc.”
Além disso, segundo o responsável. “a declaração de princípios deste partido é um documento que resulta de um processo colaborativo em plataforma digital com cerca de trezentas participações únicas de cidadãos portugueses”.
“Isto de Maomé e da montanha tem de ser dinâmico” acrescenta explicando que o novo partido vai estar aberto às participações de cidadãos que pretendam defender a liberdade política que, com a elevada abstenção, “está em perigo”. A pensar nos cidadãos que não desejem ser militantes, a Iniciativa Liberal vai ter também uma vertente associativa para a participação na política.