Vários treinadores da modalidade explicam qual a importância da Liga nacional de surf para a evolução de um atleta e, consequentemente, para os êxitos dos surfistas portugueses nas competições internacionais. Uma coisa é certa: a competitividade e a organização da Liga fazem desta prova um ponto de paragem obrigatório quando os atletas não estão em disputas além-fronteiras.
“A Liga MEO Surf tem de ser um objetivo para quem quer chegar longe no surf, sobretudo paras as gerações mais novas. São naqueles heats que eles aprendem a competir mais à séria com atletas mais velhos. É uma boa preparação para os surfistas que querem atacar o WQS. Temos atletas a competir na Liga que têm um nível altíssimo. Para os miúdos, acaba por abrir-lhes os olhos e fazer com que queiram evoluir para se baterem com os mais velhos.” Quem o diz é Nuno Telmo, treinador da modalidade, numa opinião partilhada por vários colegas de profissão, caso de Enrique Lenzano, treinador de jovens surfistas como Luís Perloiro e Jácome Correia, que vai mais longe e garante: “ Se, na Liga, encontrarem um Vasco Ribeiro ou o Miguel Blanco, o nível é basicamente o mesmo que lá fora.” Já José Seabra, que enquadra o papel da principal competição nacional de surf no âmbito dos surfistas que treina, defende que “a Liga é um campeonato importante na medida em que é um bom treino para o circuito WQS, que é onde a maior parte dos atletas que treino competem.
A Liga é bem organizada e tem uma competitividade muito elevada. Quando não choca com o calendário internacional, é uma prioridade. Espero que os meus atletas tenham bons resultados e cumpram os objetivos, evoluindo à sua maneira. A Liga está sempre presente, é um circuito espetacular!” Por último, Rodrigo Sousa reforça que a Liga tem de ser vista como o objetivo principal no que toca às conquistas nacionais. “É um desafio e é preciso aliar muitas coisas: talento, trabalho, horas na água, acompanhamento, tecnologias de treino… As exigências são cada vez maiores. Os desafios são vários, não se pode apontar apenas um, e, neste contexto, o treinador refere a Liga como objetivo máximo dentro de “casa”, asseverando mesmo que “quem compete lá fora não pode ter outro objetivo que não seja apontar aos títulos nacionais.”