“Independentemente da tática e dos jogadores, está a faltar-nos regularidade. Precisamos disso para ter mais conforto nas competições”. A frase é de Jonas e ajuda a explicar a época absolutamente horripilante que o Benfica tem vindo a efetuar – e que se agudizou com o empate caseiro permitido ontem frente ao Portimonense (2-2), que deixa as águias à beira da eliminação na Taça da Liga. Só um desfecho semelhante no Vitória de Setúbal-Braga permite aos encarnados alguma réstia de esperança para seguir em frente numa prova onde tem tanta tradição.
Nada fazia prever este cenário, até porque Jonas abriu a contagem ainda antes do primeiro minuto estar concluído. Aos 33 minutos, Lisandro López aumentou para 2-0 e não pareciam restar grandes dúvidas quanto ao vencedor do encontro. Nada mais errado. Logo no primeiro lance da segunda parte, o Portimonense – recheado de segundas linhas, ao contrário do Benfica – reduziu a desvantagem por intermédio de Pires, um dos elementos com menos minutos lançado ontem de início por Vítor Oliveira.
Os algarvios foram sempre crescendo na partida, ao contrário dos encarnados, e acabariam por ser premiados a seis minutos dos 90: na sequência de um canto, Svilar ainda defendeu a cabeçada de Pires, mas na recarga Jadson – completamente solto de marcação – fez o empate que gelava ainda mais a Luz. “A vida é assim”, disse Rui Vitória no fim. Não será suficiente, porém, para apaziguar os adeptos – e se o dérbi com o Sporting não lhe correr de feição, tudo vai piorar ainda mais.