Nove polícias começaram esta quinta-feira a ser ouvidos num tribunal da África do Sul no chamado ‘Massacre de Marikana’.
Este massacre, o pior de que há registo naquele país desde o fim do Apartheid, decorreu entre 10 de agosto e 20 de setembro desse ano, precedeu a repressão das forças policiais a uma greve de mineiros naquela região. Trinta e quatro mineiros perderam a vida.
Os nove polícias que se apresentaram hoje em tribunal são acusados de estarem envolvidos na morte de três mineiros. O Ministério Público diz que as vítimas "não representavam qualquer ameaça" às forças de segurança.
O novo presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, era na altura membro do Conselho de Administração do grupo britânico Lonmin, proprietário da mina de platina de Marikana. Começou por ser acusado de ter feito pressão junto das forças policiais para que interviessem e acabassem com a greve, mas uma comissão de inquérito posterior acabou por ilibá-lo.
A comissão inquérito criada na altura concluiu que o "essencial da responsabilidade do massacre" coube à polícia sul-africana. Riah Phiyega, que era na altura a comandante das forças de seguranças, foi suspensa, mas mais nenhum agente policial foi responsabilizado.