O escritor norte-americano Philip Roth morreu esta terça-feira, aos 85 anos, de insuficiência cardíaca. A Informação foi avançada por Andrew Wilie, o agente do escritor, à Associated Press.
Roth foi um dos maiores escritores norte-americanos de sempre, tendo conquistado vários prémios ao longo da sua vida, como foi o caso de dois National Book Awards, dois National Book Critics Circle e, em 1998, com a obra ‘Pastoral Americana’ ganhou o Pulitzer, ganhou também o Prémio Internacional Man Booker, em 2011 e, em 2012 ganhou o Prémio Príncipe das Astúrias de Literatura. Apesar de ter sido mencionado como candidato ao Nobel da Literatura, nunca o ganhou.
Inspirado na vida das famílias judaicas e no ideais americanos, Philip Roth escreveu cerca de 30 livros, mas aos 78 anos anunciou que ia parar de escrever.
Ficou conhecido pelas obras 'Pastoral Americana', 'O Complexo de Portnoy', 'Goodbye, Columbus', 'A Mancha Humana' e 'a Conspiração Contra a América'. O seu primeiro livro, ‘Goodbye, Columbus’, de 1959, vendeu mais de 12.000 cópias e dez anos depois vendeu 420.000 cópias com o livro ‘O Complexo de Portnoy’.
Nasceu em 1993 em Newark, Nova Jérsia, e escreveu o seu último livro, ‘Nemesis’, em 2010.
Este ano, a 27 de janeiro, a revista Expresso publicou uma das últimas entrevistas que Roth deu ao 'The New York Times'. Questionado sobre a velhice e como era ter quase 85 anos respondeu que em poucos meses ia dizer adeus à velhice e que ia entrar na "velhice profunda".
"Neste momento, é espantoso ainda estar aqui ao fim de cada dia. Quando vou para a cama à noite, sorrio e penso: vivi outro dia. E torna a ser espantoso acordar oito horas depois e ver que é de manhã e continuo cá. Sobrevivi mais um dia, pensamento que me faz voltar a sorrir. Adormeço a sorrir e acordo a sorrir", afirmou.