Era mais um entre tantos outros exercícios de treino entre caças franceses e espanhóis, mas, subitamente, o piloto de um dos caças espanhóis disparou sem querer um míssil no espaço aéreo da Estónia. O piloto disparou o projétil sem ter definido um alvo, caso contrário poderia ter atingido um dos outros caças.
O Ministério da Defesa espanhol já abriu uma investigação para apurar as causas do sucedido. “O míssil ar-ar não atingiu nenhum avião. Foi aberta uma investigação para esclarecer a causa exata do incidente”, explicaram, em comunicado, as forças armadas espanholas. “Um [caça] Eurofighter espanhol com base na Lituânia disparou acidentalmente um míssil sem que tenha causado quaisquer danos”, acrescentaram.
Desconhece-se o paradeiro do míssil, com fontes espanholas a não descartarem a possibilidade de estar intato. As forças armadas estónias estavam ontem à procura do míssil a 40 quilómetros da cidade de Tartu.
O primeiro-ministro estónio, Jüri Ratas, veio a público mostrar o seu descontentamento. “Este é um caso muito sério e estamos muito preocupados. Graças a Deus que ninguém ficou ferido no incidente”, reagiu o primeiro-ministro estónio na rede social Facebook. “Acredito que as forças armadas da Estónia farão todos os esforços necessários para garantir que nada semelhante volte a acontecer”.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, ofereceu o seu apoio ao chefe do executivo estónio e garantiu que a Aliança Atlântica está empenhada em garantir a segurança de todos os seus aliados. “A NATO está comprometida em defender todos os seus aliados e continuaremos a salvaguardar o espaço aéreo da região do Báltico”, garantiu. Os caças espahóis deixaram de participar nas missão de Patrulhamento Aéreo no Báltico até se esclarecerem as circunstâncias do sucedido. Foram substituídos pelos caças F16 portugueses e Mirage franceses.