O juiz de Instrução do processo de Pedrógão, Gil Vicente, decidiu pronunciar o presidente da Câmara Valdemar Alves e dez dos treze arguidos pelos crimes relativos aos incêndios de 2017, onde morreram 66 pessoas, segundo noticiou o Expresso.
Entre os arguidos encontram-se três presidentes de Câmara – além de Valdemar, o presidente de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra também irão a julgamento – o comandante dos bombeiros de Pedrógão e funcionários da EDP e da Ascendi são considerados responsáveis pelo acontecimento.
No despacho, Gil Vicente culpabiliza os arguidos pois "ao não satisfazerem o dever de cuidados que sobre si impediam, criaram um risco não permitido e aumentaram o risco já existente de produção de lesões na vida e na integridade física de outrem". O juiz afirma que "cada uma das ações que omitiram", embora não sejam a única causa para as mortes, "criaram e incrementaram o risco das mesmas".
Os responsáveis da Autoridade Nacional da Protecção Civil Sérgio Gomes e Mário Cerol não irão a julgamento visto o juíz acreditar que estes não têm responsabilidade direta no caso.
José Graça, vice presidente da Câmara de Pedrógão, foi acusado pelo Ministério Público mas não irá a julgamento "porque não lhe estavam delegados poderes para gestão de combustíveis", decidiu o juiz no despacho que o jornal Expresso citou.
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