CDS sem Caeiro nem Mota Soares

Teresa Caeiro anunciou há meses que não seria candidata. Mas Mota Soares saiu das listas para as legislativas para ser candidato às Europeias. Acabou não eleito…

O CDS foi o primeiro partido a aprovar parte das listas para as eleições legislativas, um mês antes das europeias. A aposta de Luís Pedro Mota Soares como número dois da lista para o Parlamento Europeu acabou por não correr bem. O ex-ministro e antigo líder parlamentar falhou a eleição para Estrasburgo e agora, apurou o SOL, também não deverá ter lugar nas listas para as legislativas.

Quem anunciou previamente que ficaria fora da equipa de candidatos a deputados no CDS, foi Teresa Caeiro. A deputada afirmou que estava na altura de sair, ao fim de 15 anos, porque não se queria acomodar. E disse-o numa entrevista ao SOL. A parlamentar  foi secretária de Estado da Segurança Social e também das Artes e dos Espetáculos nos executivos de Durão Barroso e Pedro Santana Lopes.  Na Assembleia da República desempenhou várias funções, sendo atualmente vice-presidente daquele órgão de soberania.

Ilda Novo, deputada eleita por Viana do Castelo, também estará de malas aviadas, devendo regressar ao ensino secundário.

Em dúvida para se manter nas listas está a deputada Vânia Dias da Silva. De acordo com as informações recolhidas pelo SOL, a deputada deveria ser indicada pela distrital de Braga, liderada por Nuno Melo, mas, para já, não há garantias que esse cenário se confirme. Para Braga, Assunção Cristas escolheu Telmo Correia como cabeça-de-lista e haveria a expectativa de que a distrital indicasse a parlamentar por aquele círculo eleitoral. Vânia Dias da Silva foi uma das deputadas que participou na comissão de transparência para os titulares de cargos públicos e políticos.

 

Programa eleitoral

Entretanto, os centristas já começaram a apresentar algumas propostas que vão constar no programa eleitoral, revelando algumas linhas gerais. A última medida apresentada foi a abertura da ADSE aos trabalhadores do setor privado.

Para o efeito, o CDS propôs uma comissão técnica para avaliar e definir tanto o acesso como o perfil de novos beneficiários. «A ideia é chegar ao fim de um processo de transição com a abertura [a mais pessoas], mas tem de se fazer faseadamente para garantir a sustentabilidade da própria ADSE», declarou ao i o coordenador do programa eleitoral do CDS, Adolfo Mesquita Nunes.

A par do alargamento da ADSE ao setor privado, os centristas querem uma alteração do código de IRS par garantir um tratamento fiscal igual para todos, funcionários públicos e trabalhadores do setor privado.