"Bem-vinda a Portugal, o primeiro país no mundo a assumir o compromisso de atingir a neutralidade carbónica até 2050 e que coloca toda a sua ambição na década entre 2020 e 2030". Arranca assim uma carta enviada pelo Ministro do Ambiente e da Ação Climática a Greta Thunberg, que esta madrugada fez saber que deverá chegar a Lisboa na manhã de terça-feira, no que será apenas uma curta passagem a caminho da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP25) em Madrid.
Na missiva, o Governo dá conta dos planos para os próximos anos e envia mesmo em anexo o roteiro para a neutalidade carbónica, que prevê uma redução das emissões de gases com efeito de estufa em 50% até ao final da próxima década, mas reconhece que os problemas já chegaram e ainda estão a ser analisadas as formas de adaptação. "Portugal é um dos países europeus que mais sofre as consequências das alterações climáticas. Como resultado da subida do nível do mar nos últimos anos, já perdemos 13 km2 de áreas costeiras. Na região sul do país a seca é crónica e ainda precisamos de saber como adaptar o uso dos recursos".
"Temos uma estratégia nacional de adaptação às alterações climáticas muito ambiciosa, que estamos a seguir de forma estrita uma vez que, para Portugal, este é um problema atual e não de futuro".
A última nota de João Pedro Matos Fernandes nesta carta tornada pública este domingo é para agradecer o ativismo da jovem sueca, que permitiu sensibilizar todos, as gerações mais novas mas também as mais velhas, para "o maior desafio do nosso tempo".