As novas medidas de restrição anunciadas pelo Governo não agradam nem à restauração nem à hotelaria. Ao i, os responsáveis do setor garantem que “não vão salvar” as atividades que estão a perder negócio desde o início do ano.
Para Daniel Serra, da Pro.var, não acredita que estas exceções tenham grandes efeitos para a restauração. “O impacto que prevemos com estas exceções é residual. Entendemos que isto servirá mais a hotelaria do que a restauração”, refere ao i. E garante que representa uma manutenção da estratégia do Governo: “Ter restaurantes fechados de porta aberta porque não há clientes para servir”.
O responsável condena ainda as diferenças que vão existir entre concelhos nos próximos dois fins de semana. “Podemos ter um restaurante aberto de um lado e se calhar a cinco quilómetros temos outro que é obrigado a fechar. Além de ser injusto para os empresários também confunde os próprios clientes”.
Também Ana Jacinto já tinha admitido ao i que essas restrições entre concelhos podem provocar concorrência e lembra que todas essas alterações tem implicações nas estruturas. “Ao estender ou diminuir horários estamos a mexer com uma estrutura. As nossas empresas são constituídas por pessoas e estas precisam de estar lá para cumprirem os horários que as empresas definem, e depois precisam de conjugar esses horários com a vida familiar. Isto não pode ser feito de ânimo leve”, referiu a secretária-geral da AHRESP.
Recorde-se que numa destas situações está a Grande Lisboa. No distrito de Lisboa, apenas a capital e Loures mantêm o recolher obrigatório aos fins de semana e, com isso, a restauração é obrigada a fechar às 13h. Já Amadora, Oeiras, Cascais, Sintra, Odivelas e Vila Franca de Xira passaram para risco elevado, uma vez que desceram no número de casos acumulados. A medida abrange mais de um milhão de habitantes. No caso do distrito de Setúbal, só Barreiro e Almada mantém as restrições, enquanto Seixal e Setúbal deixam de estar limitados à circulação durante os próximos fins de semana, uma vez que desceram para risco elevado.
Leia o artigo completo na edição impressa do jornal i. Agora também pode receber o jornal em casa ou subscrever a nossa assinatura digital.