A Direção-Geral da Saúde (DGS) pediu ao Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) “soluções para aumentar a capacidade de frigoríficos junto das unidades de saúde” e à Associação Nacional de Empresas Lutuosas (ANEL) “um ponto de situação sobre a capacidade de resposta às necessidades atuais”.
A ANEL refere num comunicado que a DGS lhe solicitou “um ponto de situação sobre a capacidade de resposta às necessidades atuais de realização de cerimónias fúnebres, bem como a identificação de pontos de rutura existentes ou eminentes”. Nesse pedido, a entidade de saúde refere que é “expectável que o número diário de óbitos se mantenha elevado por algum tempo mais, podendo rondar os 500 a 600/dia”, devido ao frio e à covid-19.
À agência Lusa, a DGS afirma estar a “acompanhar a situação, estando em articulação com associações que representam as agências lutuosas”. Como tal, pediu ao INMLCF “soluções para aumentar capacidade de frigoríficos junto das unidades de saúde caso se venha a verificar essa necessidade” e pediu aos hospitais para agilizarem “a transferência de informação para as lutuosas, recomendando o uso da via digital”.
Mas, segundo a ANEL, há “hospitais públicos em rutura generalizada sem disponibilidade de equipamentos de frio para preservação dos cadáveres” e “a maioria dos hospitais não procede ao protocolo documental com as funerárias via digital'”
Relativamente às agências funerárias, “estão longe de atingir o ponto de rutura da sua capacidade diária de realização de funerais atendendo ao quadro de pessoal e meios (viaturas) que dispõem na presente data”, sublinha.