As exportações de componentes automóveis registaram uma quebra de 22,9%, situando-se nos 728 milhões de euros. Os números avançados pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) são justificados com a falta de chips e componentes eletrónicos que continuam a ser “as principais razões para os problemas sentidos no setor”.
Segundo a AFIA, as exportações de componentes automóveis diminuíram em outubro 22,9%, relativamente ao mesmo período de 2019, situando-se nos 728 milhões de euros. Quando comparados com outubro de 2020, as exportações caíram 27,6%.
“Desta forma, e analisando as vendas ao exterior nos primeiros dez meses do ano, percebe-se que apenas nos meses de fevereiro e março é que as exportações se mantiveram acima do nível verificado em 2019”, detalha a associação.
Já no que diz respeito ao acumulado até outubro, as exportações de componentes automóveis atingiram os 7.537 milhões de euros, o que representa uma quebra de 7,8% relativamente ao mesmo período do ano de 2019.
Em relação aos países de destino das exportações nos primeiros 10 meses do ano, e relativamente à mesma data de 2019, Espanha mantém-se no topo com vendas de 2.176 milhões de euros (+1,2%), seguida da Alemanha com 1.550 milhões de euros (-10,8%), em terceiro lugar surge a França com um registo de 883 milhões de euros (-23,5%), em quarto lugar os Estados Unidos da América com 379 milhões (20,1%) e, por último, o Reino Unido com 360 milhões de euros (-49,9%). No total, estes 5 países representam 71% das exportações portuguesas de componentes automóveis.
A AFIA não tem dúvidas que “a falta de chips e componentes eletrónicos são duas das principais razões apontadas para os graves problemas que se têm registado nas cadeias de abastecimento um pouco por todo o mundo, e que têm levado as construtoras automóveis a interromperem temporariamente a laboração”.
E acrescenta que também a escassez de matérias-primas, a pandemia e o Brexit são “outras das causas apontadas para estes comportamentos menos favoráveis”.