Graça Freitas realça “incerteza” associada à variante Ómicron

Responsável diz que uma semana de contenção de contactos pode não ser suficiente.

A diretora-geral da Saúde defendeu esta segunda-feira que uma semana de contenção de contactos pode não ser o sufienciente perante o panorama de aumento de contágios e face à grande "incerteza" que representa a variante Ómicron.

Em entrevista ao Polígrafo SIC, Graça Freitas disse estar "muito atenta ao que está a acontecer", sublinhado que o país está numa fase de "transição muito rápida".

"Temos estado com a variante Delta em circulação, estávamos com uma situação confortável até estes últimos dias, porque o Rt estava com uma tendência decrescente, havia (e há) o aumento de infeções mas sem o impacto demasiado grande nos internamentos e mortes", referiu.

A responsável lembra que "a situação era aparentemente de controlo e de estabilidade" mas que "de repente, estamos perante uma situação de altíssima incerteza".

Essa incerteza, explica a diretora-geral da Saúde "advém de dois fatores muito importantes: a rapidez com que, de facto, a variante Ómicron se está a transmitir e a instalar" e "mesmo que não venha a tornar-se muito grave, muito agressiva, pode só pelo volume potencial de novos casos vir a gerar pressão sobre o sistema de saúde, que é tudo o que não queremos nesta altura".