A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) admitiu esta terça-feira a administração de uma quarta dose da vacina contra a covid-19 mas apenas para imunodeprimidos e pessoas vulneráveis, rejeitando a “vacinação repetida” da generalidade da população com doses de reforço num curto prazo.
“Ainda não tivemos acesso a dados relativos a uma quarta dose e gostaríamos de ver estes dados antes de podermos fazer qualquer recomendação. Mas, ao mesmo tempo, estamos bastante preocupados com uma estratégia que prevê a vacinação repetida dentro de um curto prazo”, declarou o chefe da Estratégia de Ameaças Biológicas para a Saúde e Vacinas da EMA, Marco Cavaleri.
O responsável defendeu também a necessidade "de uma estratégia global de vacinação ao longo do tempo", deixando claro que "não se pode realmente dar continuamente uma dose de reforço a cada três, quatro meses”.
“Claro que quando se trata de pessoas vulneráveis e a imunodeprimidos, a história será um pouco diferente e, de facto, para os imunodeprimidos, será de esperar que uma quarta dose seja considerada”, admitiu.
Note-se que países como Israel já estão a administrar uma quarta dose da vacina contra a covid-19 a grupos mais vulneráveis da população, desde dezembro, como forma de mitigar os efeitos de uma nova onda de contágios devido à propagação da variante Ómicron.
Também em meados de dezembro, o primeiro-ministro, António Costa, revelou que Portugal já apresentou um pedido de compra conjunta de uma nova vacina covid-19 adaptada à variante Ómicron, no caso de ser necessária uma quarta dose.