Um grupo organizado de assaltantes foi detido pela Polícia Judiciária (PJ), esta manhã, depois de ter sido encetada uma operação policial que culminou com a localização dos suspeitos em flagrante delito numa residência. Os assaltos aconteciam maioritariamente nas zonas de Sintra e Cascais.
Os detidos são “todos de nacionalidade portuguesa com idades compreendidas entre os 19 e os 38 anos de idade” e foram “fortemente indiciados da prática de cerca de duas dezenas de crimes de roubo agravado, com ameaça de armas de fogo no interior de residências”, informou a PJ num comunicado divulgado esta segunda-feira.
Os primeiros casos sobre este grupo de assaltantes foram reportados a partir do segundo semestre de 2022 até a atualidade, “tendo um dos crimes sido praticado na madrugada de hoje”. Foi iniciada uma investigação denominada “Casa de Partida” para localizar o grupo constituído por “um “núcleo duro” entre seis a oito indivíduos”.
“Em termos totais, o grupo agressor subtraiu quantias monetárias e objetos de valor que ascendem a várias centenas de milhar de euros”, anunciou a autoridade judiciária.
Num dos assaltos, os homens encapuzados invadiram uma moradia em Cascais, com pessoas no interior, e roubaram cerca de 200 mil euros em dinheiro e jóias e um Bentley avaliado em dezenas de milhares de euros, avançou a CNN Portugal.
Dias antes, a 500 metros daquela moradia, o mesmo grupo tinha sequestrado outra família, a quem também roubaram bens, em 20 minutos. Entre as vítimas estavam três crianças.
Os detidos tinham “grande mobilidade geográfica” e planeavam anteriormente como queriam entrar e roubar as residências, “praticando sempre os crimes com ameaça de arma de fogo”.
“Por norma, os locais alvo de roubo eram abordados por vários agressores, entre três e cinco indivíduos, enquanto os restantes, em número nunca inferior a dois, se mantinham no exterior dos locais a efetuar segurança. Para se movimentarem faziam uso de veículos próprios ou que subtraíam na sequência dos assaltos”, explicou a PJ.
Provas de “natureza testemunhal, documental e pericial” e também das “movimentações mais recentes do grupo agressor” permitiram que a PJ encontrasse em flagrante “quatro dos suspeitos” que foram abordados depois da “prática de mais um crime de roubo ocorrido na madrugada de hoje”.
No momento em que a autoridade judiciária os abordou, os “agressores tinham ainda na sua posse o produto do roubo que haviam concretizado”.
As diligências também possibilitaram a recuperação de algumas armas, bem como outros meios usados nos assaltos, como “uma ferramenta usada para o arrombamento de instalações fixas das residências”.
Agora estão a decorrer diligências para serem recuperados “objetos, artigos de joalharia, quantias monetárias que tenham resultado da vasta atividade criminosa deste grupo agressor e violento, bem como de outras notícias de crimes”.
Os homens serão presentes a primeiro interrogatório judicial para conhecer as medidas de coação consideradas adequadas.