As autoridades de ocupação russas que se encontram no poder na região de Kherson, na Ucrânia, pediram esta quinta-feira a Moscovo para que seja organizada a retirada de civis daquele território anexado pela Rússiam na sequência dos recentes ataques das tropas ucranianas.
"Dirijo-me à liderança do país, gostaria de pedir a vossa ajuda na organização deste trabalho. Nós, habitantes da região de Kherson, sabemos que a Rússia não abandona os seus, e a Rússia oferece sempre apoio onde há dificuldades", disse Vladimir Saldo, chefe da administração regional de ocupação.
O responsável, numa mensagem publicada no Telegram, acrescentou que "todos os residentes da região de Kherson que desejem proteger-se dos ataques de mísseis [ucranianos] se possam mudar para outras regiões russas. E aconselha: “Levem os vossos filhos e vão-se embora".
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Saldo, antigo deputado do parlamento russo e agora chefe de Kherson, recordou que aquela região "fez a sua escolha" e confirmou no referendo "a decisão de se integrar na Rússia, de restaurar a justiça histórica e o que se perdeu ao longo dos últimos anos".
"Sabíamos que esta decisão não seria reconhecida pelas autoridades ucranianas e esperávamos que estas se vingassem. E foi isso que aconteceu, as cidades da região de Kherson são sujeitas a ataques diários com mísseis", pode ler-se ainda.
O responsável, citando as palavras de Vladimir Putin, líder da Rússia, referiu que “os ataques com mísseis causam sérios danos, antes de mais nada aos civis", assim como “hotéis, casas, mercados, lugares onde muitos civis se reúnem, tornam-se alvos de mísseis", disse.