O primeiro-ministro afirmou, esta segunda-feira, que via a saída de Cotrim Figueiredo da liderança da Iniciativa Liberal, anunciada ontem, como “natural”, tendo em conta a situação atual do partido.
"A Iniciativa Liberal, como já percebemos, decidiu passar a competir com o Chega no estilo de truculência e má educação democrática como intervém no debate público. E percebo que o doutor João Cotrim Figueiredo não se sentisse à-vontade nesse estilo de luta livre no meio do lamaçal. Conheço-o bem, admito que não se sinta bem, foi uma opção estratégica que a Iniciativa Liberal fez e, não sei porquê, a direita democrática em Portugal tem um fascínio pelo Chega", afirmou António Costa, em declarações aos jornalistas no ISCTE, em Lisboa.
O primeiro-ministro continuou a criticar o que chamou de direita democrática, dizendo que "em vez de se demarcar do Chega para afirmar a sua identidade, tem a voragem de normalizar e conviver com o Chega e de imitar o Chega".
"Deviam olhar para Itália e ver o que acontece quando os partidos da direita democrática começam a normalizar a extrema-direita. Quando isso acontece acabam a ser liderados pela extrema-direita. Portanto, bom futuro ra os partidos da direita democrática] e continuem com essa estratégia que vão longe", acrescentou, com sarcasmo.