Confiança e apoio mútuo caracterizam as relações entre a China e os países árabes

A China e os países árabes mantêm intercâmbios há mais de dois mil anos. Quer na antiga Rota da Seda, quer no palco internacional atual, a cooperação entre os dois lados caracteriza-se por honestidade, confiança e apoio mútuo.

Confiança e apoio mútuo caracterizam as relações entre a China e os países árabes

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Conteúdo Institucional – Ibéria Universal

O Presidente chinês, Xi Jinping, deslocou-se a Riad na passada quarta-feira (dia 7) para participar da primeira Cimeira China-Estados Árabes e na Cimeira China-Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e para fazer uma visita de Estado à Arábia Saudita, a convite do rei daquele país, Salman bin Abdulaziz Al Saud.

O avião de Xi Jinping foi escoltado por quatro aviões de caça da Força Aérea Real Saudita quando entrou no espaço aéreo do país, e por seis outros jatos da esquadrilha real quando sobrevoou a capital, Riad.

Numa declaração escrita, dirigiu calorosas saudações ao governo e ao povo da Arábia Saudita e sublinhou que, desde o estabelecimento das relações diplomáticas, há 32 anos, a confiança mútua estratégica entre a China e aArábia Saudita tem sido reforçada e a cooperação bilateral em vários campos produziu já resultados frutíferos. Em particular, disse Xi Jinping, desde o estabelecimento da parceria estratégica abrangente China-Arábia Saudita em 2016, o rei Salman e ele trabalharam juntos para conduzir as relações bilaterais num caminho de progresso, o que não apenas beneficiou os respectivos povos, mas também contribuiu para a paz, a estabilidade, a prosperidade e o desenvolvimento da região.

Xi Jinping observou que, durante a visita, teve uma detalhada troca de opiniões com o rei Salman e o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman Al Saud sobre as relações bilaterais e questões internacionais e regionais de interesse comum, tendo definido conjuntamente o rumo para as relações China-Arábia Saudita. O Presidente chinês aludiu também à participação na primeira Cimeira China-Estados Árabes e da Cimeira China-CCG, e ao trabalho com os líderes de Estados árabes e países do CCG para impulsionar as relações China-Estados Árabes e China-CCG para novos patamares.

A Liga Árabe foi a primeira importante organização regional que reconheceu os êxitos antipandémicos da China. O rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz Al Saud, foi o primeiro chefe de Estado que enviou mensagem ao presidente chinês, para manifestar apoio às medidas antipandémicas da China. Por outro lado, o sistema de navegação por satélite chinês, BeiDou, instalou o seu primeiro centro estrangeiro na Tunísia.

A China e os países árabes mantêm intercâmbios há mais de dois mil anos. Quer na antiga Rota da Seda, quer no palco internacional atual, a cooperação entre os dois lados caracteriza-se por honestidade, confiança e apoio mútuo.

Assim, o apoio político nunca faltou nos momentos importantes. Na Assembleia Geral das Nações Unidas há 51 anos, 13 países árabes votaram a favor da recuperação da vaga legítima da República Popular da China na ONU. Até agora, a China já estabeleceu parcerias estratégicas com 12 países árabes e a Liga Árabe. Em janeiro de 2016, quando visitava a sede da Liga Árabe, o Presidente Xi Jinping disse que a confiança entre as duas partes é inquebrável e não pode ser comprada por dinheiro.

Antes do Campeonato do Mundo de Futebol No Qatar, E perante o boicote político de alguns países ocidentais, a China anunciou resoluto apoio ao Catar e firme oposição à politização do desporto. Vale lembrar que, em fevereiro deste ano, líderes de vários países árabes, como Egito, Qatar, Emirados Árabes Unidos, compareceram na cerimónia de abertura das Olimpíadas de Inverno de Pequim, manifestando o seu apoio à China. Em agosto deste ano, quando a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, visitou Taiwan, todos os 22 países árabes ressaltaram o princípio de “Uma só China”.

Por outro lado, a cooperação económica entre os dois lados tem uma longa história e avançou muito com a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”. Até agora, no âmbito desta iniciativa, a China já assinou acordos de cooperação com 20 países árabes e com a Liga Árabe. Em 2021, o valor dos investimentos mútuos entre a China e os países árabes atingiu 27 mil milhões de dólares, sendo 2,6 vezes o valor de há 10 anos, e o valor comercial bilateral ultrapassou 330 mil milhões de dólares, sendo 1,5 vez maior do que na década anterior.

Por último, a China e os países árabes têm reconhecimento mútuo sobre as respectivas culturas e civilizações. Até outubro de 2022, quatro países árabes (Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Egito e Tunísia), anunciaram a integração do idioma chinês nos seus sistemas nacionais de educação. Além disso, 15 países árabes já contam com escolas de ensino de chinês.