Miguel Reis, presidente da Câmara Municipal de Espinho, foi esta terça-feira detido por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poder e tráfico de influências na sequência de licenciamento de projetos imobiliários.
Foram ainda detidos outras quatro pessoas: três empresários e um funcionário da autarquia, depois da Polícia Judiciária (PJ) ter realizado cerca de duas dezenas de buscas, domiciliárias e não domiciliárias, nos serviços da autarquia, residências de funcionários da mesma e diversas empresas sedeadas nos concelhos de Espinho e Porto.
A PJ, em comunicado enviado às redações, informa que, "através da Diretoria do Norte, em inquérito crime titulado pelo Ministério Público – DIAP Regional do Porto, realizou uma operação policial para cumprimento de mandados de detenção e de buscas, no âmbito de investigação da criminalidade económico-financeira."
"A investigação versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos", diz a mesma nota.
Estiveram envolvidos na Operação Vórtex, que contou com a presença de magistrados do DIAP Regional Porto, investigadores e peritos financeiros da Diretoria do Norte, assim como peritos informáticos de várias estruturas da Polícia Judiciária.
Os detidos vão ser presentes à competente autoridade judiciária no Tribunal de Instrução Criminal do Porto para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.