A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) projeta um crescimento económico de 0,8% na zona euro para este ano e de 1,5% no ano seguinte “à medida que diminui a pressão sobre as receitas dos altos preços da energia”. Ainda assim, diz que o ritmo de recuperação é lento.
Já a inflação ficará nos 6,2% este ano uma vez que continua persistente, “sustentada por fortes aumentos de preços de serviços e pressões de custos dos mercados de trabalho”, acrescentando que as pressões inflacionárias “exigirão que muitos bancos centrais mantenham altas taxas de juro até 2024”.
Com base na melhoria da confiança das empresas e dos consumidores, a queda nos preços dos alimentos e da energia e na reabertura da economia chinesa, as últimas perspetivas económicas da OCDE projetam que o crescimento global atingirá 2,6% este ano e 2,9% no ano seguinte.
No que diz respeito à inflação, prevê-se que, a nível mundial, caia gradualmente na maioria dos países do G20 de 8,1% em 2022 para 5,9% este ano e 4,5% em 2024. Esta queda deve-se ao “efeito da política monetária mais apertada, à redução dos preços da energia depois de um inverno ameno na Europa e à queda dos prelos globais dos alimentos”.
“A perspetiva hoje é um pouco mais otimista do que nossas previsões anteriores, embora a economia global permaneça frágil”, disse o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, acrescentando que “alguns riscos, como interrupções persistentes nos mercados de energia e alimentos em larga escala, apesar de terem sido mitigados, a guerra na Ucrânia, a persistência na inflação de serviços, a turbulência do mercado financeiro e o declínio constante nas perspetivas de crescimento subjacentes podem ser fontes de mais perturbações”. O responsável defende apoio fiscal mais direcionado e reformas estruturais para reativar o crescimento da produtividade.