O desespero parece infindável no Médio Oriente, onde a intransigência israelita e o terrorismo do Hamas continuam a fazer aumentar o número de vítimas, fortalecendo a perceção de que a paz será uma tarefa difícil com os interlocutores atuais.
Esta semana os hospitais mereceram destaque: primeiro o hospital Al-Rantisi, com a divulgação de um vídeo pelas Forças de Defesa de Israel que mostra a ligação dos túneis do grupo terrorista ao hospital.
Na quarta-feira, Israel tomou o controlo do hospital Al-Shifa e não demorou a expor a utilização do espaço para fins militares do Hamas. Joe Biden mostrou-se preocupado e afirmou que os “hospitais têm de ser protegidos”.
António Guterres expressou a sua consternação com as mortes de funcionários da ONU, que já ultrapassam a centena, e apelou mais uma vez ao cessar-fogo, enquanto assume que a sua posição, enquanto garante da paz, está débil. Da Turquia veio uma declaração que promete incendiar, ainda mais, o conflito: Erdogan afirmou “de peito aberto” que “Israel é um Estado terrorista”, acrescentando ainda que “o Hamas é apenas um partido político”. Em Israel continuam manifestações pela libertação dos 240 reféns que se encontram em Gaza, sob guarda do Hamas. A inércia e ineficácia do poder israelita são as causas dos protestos.