É oficial! O Governo acolheu a indicação da comissão técnica independente e decidiu que o novo aeroporto de Lisboa vai situar-se em Alcochete. Uma obra que deverá estar concluída em dez anos e o novo aeroporto
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, que anunciou ainda que o Governo vai mandatar a Infraestruturas de Portugal para construir a terceira travessia do Tejo e o TGV entre Lisboa e Madrid.
“Estas decisões, a que se juntam a descida do IRS e o aumento do Complemento Solidário para Idosos, a nova estratégia para Habitação, são apenas o resultado de trabalho governativo de 32 dias, num ritmo que vai continuar intenso”, disse Montenegro.
O primeiro-ministro defendeu que “o Governo assume o aeroporto único como a solução mais adequada aos interesses estratégicos do país”, detalhando que acautela “margem de expansão física” do novo aeroporto e que terá capacidade para receber até o triplo do da procura da Portugal. Além disso, assegura que o hub português pode continuar a crescer.
Para Montenegro é ainda certo que esta decisão favorece a requalificação do Arco Ribeirinho-Sul e será feita em “terrenos públicos e que assegura a sustentabilidade ambiental”.
A Portela é para fechar mas, até lá, vai contar com algumas obras para melhorar o seu funcionamento.
“Vivemos tempos de incerteza, mas quero dizer-vos de uma forma muito direta que este Governo, vê futuro de Portugal com esperança e confiança” apensar da incerteza, garantiu Montenegro.
E terminou o seu discurso citando Camões: “A cousas árduas e lustrosas alcançam-se com trabalho e fadiga”.
Pedro Nuno Santos, líder do PS, já se manifestou e não vai colocar em causa esta decisão que o PS também defende. “Um futuro Governo socialista nunca porá em causa esta solução, que é a correta. Nunca tive dúvidas de que Alcochete era a melhor”.
Depois, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, explicou que a perspetiva é atingir 100 milhões de passageiros a partir de 2050, justificando a opção pela solução de aeroporto único. “A nossa análise não aponta para solução dual, que não permitiam redundância”. Portela+Montijo não permitia que Montijo servisse como pista redundante. Já a solução dual “não servia interesses nacionais”.
E os trabalhos são para começar o mais depressa possível uma vez que iniciam “a partir de amanha conversações com ANA para encurtar prazos para termos soluções mais cedo do que mais tarde”, disse Miguel Pinto Luz.
No entanto, atira que há um grande otimismo da CTI sobre o investimento, mas que os seis mil milhões apontados é pouco.