Gaza. Reféns resgatados sem vida foram baleados

As autoridades israelitas sublinharam que os resultados das autópsias são ainda preliminares

Os resultados preliminares da autópsia efetuada pelo Instituto Forense Abu Kabir aos corpos dos seis reféns resgatados sem vida esta semana da Faixa de Gaza revelaram que estes apresentavam ferimentos de bala.

As Forças de Defesa de Israel transmitiram esta quinta-feira os resultados das autópsias às famílias de Alex Dancyg, Yagev Buchstav, Chaim Peri, Yoram Metzger, Nadav Popplewell e Avraham Munder, os últimos seis reféns resgatados sem vida pelo exército israelita.

As autoridades israelitas sublinharam que os resultados das autópsias são ainda preliminares e que nem as Forças Armadas, nem as autoridades de saúde, se atrevem ainda a aventar quais terão sido as causas exatas das mortes.

O Instituto Forense Abu Kabir está também envolvido no processo de identificação de outros quatro cadáveres, encontrados junto aos dos reféns, dentro da Faixa de Gaza, mas que não apresentam sinais de terem sido baleados. 

O Exército israelita indicou que poderão ser membros do movimento terrorista palestiniano Hamas mortos nos ataques israelitas.

O Fórum das Famílias dos Reféns, o principal grupo em se organizaram os familiares das pessoas sequestradas pelo Hamas, apontou este relatório preliminar forense como “mais uma prova da crueldade dos terroristas que mantêm em cativeiro 109 reféns há 321 dias”.

A organização apelou ao governo liderado por Benjamin Netanyahu para concentrar os seus esforços na obtenção de um acordo que permita a libertação e o regresso a casa dos mais de 100 reféns ainda detidos pelo Hamas na Faixa de Gaza.

A 7 de outubro do ano passado Israel começou uma guerra na Faixa de Gaza para “erradicar” o Hamas, horas depois do movimento terrorista  ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis, e fazendo também nesse dia 251 reféns. 109 permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto.