O Presidente angolano, João Lourenço, defendeu junto dos líderes dos Comités de Ação do Partido (CAP) a renovação do aparelho do MPLA e do Estado, dando o exemplo da escolha de José Eduardo dos Santos no ‘momento difícil’ da morte de Agostinho Neto.
«Recuemos ao longínquo ano de 1979, quando, naquele momento difícil que os angolanos viviam pela perda do camarada Presidente António Agostinho Neto e enfrentando invasões militares de forças externas, o MPLA confiou a direção dos destinos do país ao camarada José Eduardo dos Santos, um jovem de apenas 37 anos de idade», disse João Lourenço, recebendo entusiásticos aplausos da plateia, que se levantou em ‘vivas’ ao chefe do Estado quando João Lourenço acrescentou: «Vamos por isso continuar a apostar nos nossos jovens, prepara-los e dar-lhes todas as possibilidades de ascenderem até onde suas capacidades o permitirem, inclusive para a assunção do mais alto posto, o de Presidente da República».
Depois desta reunião com os líderes dos CAP do MPLA, em que deixou claro que a sua sucessão deverá passar por uma renovação geracional e não por qualquer dos generais do passado que já assumiram a ambição de serem candidatos ao mais alto cargo do país e da nação, João Lourenço chamou todos os responsáveis da banca angolana ao Palácio da Cidade Alta.
Numa iniciativa sem precedentes, o Presidente quis ouvir as perspectivas dos banqueiros angolanos sobre o futuro da banca nacional e suas propostas para a valorização e desenvolvimento da economia do país.