Quando gritam racismo veem-se ao espelho

A extrema-esquerda manifesta-se de dia na rua e depois à noite vai para a televisão comentar a sua atuação na manif. É um mundo fascinante, onde os outros são racistas. A narrativa é sempre a mesma, se alguém (da turma) disse, é então verdade.

Portugal é um país único, onde a festa começa de manhã na rua e acaba à noite na televisão. Não é preciso estar muito atento para perceber que a esquerda radical não gostou muito do resultados das últimas legislativas, e vai daí arranjou uns coletivos para fazer a festa na rua. Manifestação para aqui, manifestação para ali, um racista acolá, outro xenófobo mais à frente, eis os ingredientes da paródia.
Confesso que acho alguma graça a ver militantes, mais ou menos confessos, a desfilarem nas ruas e a serem entrevistados como membros de um qualquer coletivo justo, para depois, à noite, vê-los comentar, na televisão, a manifestação como se não tivessem participado nela ativamente, como se fosse um pseudónimo seu. Digamos que é uma verdadeira pornochachada.

A extrema-esquerda tem ainda a vantagem de albergar vários movimentos, que se dizem todos pela paz e pela justiça. Olhando para o SOS Racismo percebemos muito bem a origem destes movimentos. Recebem do Estado – além de outros organismos… – para dizer mal do Estado. O SOS_Racismo é pródigo em chamar racista a uma instituição que tem mais de 20 mil homens, a PSP, quando Mamadou_Ba, o seu mentor, adora dizer, metaforicamente falando, claro (!), que ‘é preciso matar o homem branco’. Como é possível Mamadou Ba ser o farol de tantos intelectuais do caviar, que amam seguir as suas bacoradas? Será que se encontram todos no Gambrinus para dizer mal do homem branco? É surreal o pedido de Mamadou de o diretor nacional da PSP ser demitido.

Não entendo como querem à força que se diga que a PSP é racista, quando a instituição não é mais do que o retrato da sociedade, onde há uns anormais que não gostam da cor dos outros. No caso da PSP, há uma enorme vantagem e falo do que sei. Nos últimos anos, e esta direção nacional tem ainda investido mais, tudo tem sido feito para acabar com racistas na instituição. Veja-se como se acabou com o Movimento Zero, que tinha ligações fortes ao Chega. Alguém percebeu isso ou interessa mais dizer que a PSP está cheia de racistas, porque um jovem polícia disparou contra alguém que o enfrentou – e vamos esperar pela conclusão do inquérito? Sabemos que os Mamadou Ba da vida vivem de dizer que há racismo, pois caso contrário não teriam direito à sua existência, enquanto organismo. Mas o que levará tanta gente de esquerda a seguir os princípios mais básicos do antirracismo, que não passa de racismo?

O Real_Madrid é, seguramente, o maior clube de futebol do mundo, e, muitas vezes, é acusado de ter os árbitros do seu lado, tanto nas competições caseiras como internacionais. Há um seu jogador, genial por sinal, que faz questão de gritar constantemente que é vítima de racismo nos jogos fora de casa e já chegou a dizer que a Espanha é um país racista, tendo sido ‘obrigado’ a retratar-se. No último fim de semana, o Real Madrid recebeu o Barcelona e a grande vedeta da equipa, um miúdo de 17 anos, cujo pai nasceu em Marrocos e a mãe na Guiné Equatorial, recebeu todos os ‘piropos’ racistas. O miúdo, Lamine Yamal, borrifou-se para os comentários tontos que vinham de um setor da bancada e riu-se para eles, depois de marcar um golo. Se fosse Vinicius JR, noutro campo, o jogo até era capaz de ser interrompido. Conclusão, o racismo não está na cor da pele, mas sim na cor da camisola. Claro que um negro fica mais incomodado que lhe chamem pela cor, eu em África ouvi muitas vezes o nome ‘pula’ e só me ria. Racistas e palermas há-os em todo o lado, não venham agora espernear a querer que a PSP seja uma instituição racista.

P. S. Que tal quem diz isso se oferecer para fazer uns turnos policiais na Cova da Moura ou no bairro do Zambujal pela noite dentro? Seria engraçado.

Telegramas

Segurança de Macaco

O debate instrutório da  Operação Pretoriano teve início e a segurança empregue na chegada, e partida, do principal arguido, Fernando Madureira, vulgo Macaco, faz lembrar os julgamentos da máfia. Por que será?

Incendiários, mas pouco

Os tumultos dos bairros do Zambujal, Cova da Moura e afins, levou à detenção de dezenas de jovens encapuzados, sendo que, supostamente, alguns deles são acusados de terem atirado um cocktail molov a um motorista da Carris que ficou com lesões graves para o resto da vida. E qual foi a decisão do juiz que os ouviu? Proibiu-os de usarem isqueiros… Antigamente, quem os usasse sem licença pagava multa, agora quem incendeia autocarros fica proibido de os usar. Estranho mundo este.

EUA fora do Afeganistão, já!

A rapaziada das vidas justas e afins muito protestou com a presença das tropas americanas no Afeganistão, mas agora que as mulheres nem podem falar umas com as outras, ninguém os ouve protestar. Como se nota, o ideal de vida para esses coletivos deve estar na terra dos taliban.

vitor.rainho@nascerdosol.pt