Os três casos que foram notícia na semana passada – os distúrbios em Lisboa, a revisão do conteúdo da disciplina de Cidadania e o risco de ser retirado um filho a uma família – mostram como democratas e extremistas têm ideias diferentes sobre a liberdade. Para os democratas a liberdade é um valor fundamental. Para os extremistas é um fundamento para o populismo.
Os distúrbios violentos levaram os radicais do Bloco de Esquerda a acusar a Polícia de ‘racismo estrutural’ sem saber o que se passou. Foi na televisão, com a complacência de jornalistas, numa atitude populista e irresponsável de justificação da violência, da vingança e da tentativa de queimar vivo um condutor da Carris. O Bloco luta pela sobrevivência política – é um grupelho que quer uma ditadura que ninguém deseja – e usa a liberdade para promover a intolerância e disfarçar o seu racismo: o anti-judaísmo e o discurso de ódio contra os ‘brancos’ do aliado SOS Racismo, beneficiando de ampla cobertura jornalística e da inoperância do Ministério Público.
O fim da ideologia em Cidadania levou o seu mentor, o radical socialista próximo do Bloco e ex-ministro João Costa, a alegar um ‘perigo para a liberdade’. A demagogia levou-o a negar os conteúdos ideológicos da disciplina e, perante exemplos, a dizer que eram falsos. Depois contradizeu-se ao afirmar não haver neutralidade ideológica na escola e que o governo era ideológico por tirar a ideologia da escola. Os jornalistas que o protegeram ao longo de oito anos escondem que decorre, desde 2022, uma ação judicial contra o Estado pela imposição de uma teoria não científica – ideológica – no ensino de crianças. Costa é um intolerante radical: usou o Estado para prejudicar uma família de Famalicão e chumbar dois excelentes alunos, adjetiva os que não concordam com ele como ‘Bolsonaros’ ou ‘chalupas radicais de extrema direita’ e promoveu a contracultura como forma de acção política para influenciar as crianças na escola.
Esta intolerância socialista explica também a sanha persecutória da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (por sanidade mental abrevio para CNPJ) contra uma família que apenas contrariou a vontade do filho. A CNPJ entregou os pais à justiça após a denúncia anónima de um cobardolas sobre o suposto ‘abuso psicológico da criança’ por ir a um campo de férias. O risco de o filho ser retirado à família é real, pelo que estou solidário com os pais. Eu e a minha mulher fizemos o mesmo com os nossos filhos. A CNPJ deveria estar a questionar João Costa pelo abuso psicológico das crianças que promoveu e não a perseguir os pais com práticas estalinistas de incentivar a denúncia de bufos e promover a ideia totalitária de que as crianças são ‘filhas do Estado’ e não ‘filhas da família’.
O que os três casos mostram é o espírito radical das falsas teorias pós-modernistas do ‘género’ promovidas pela extrema-esquerda. A influência de radicais woke durante oito anos resultou na abertura do país a imigrantes criminosos, em governantes intolerantes e num Estado perseguidor que se julga dono das crianças e usa a escola para seduzir jovens na esperança de manipular os mais ingénuos a aceitar as utopias modernizadoras. E validou um espírito de intromissão na vida privada de crianças, que são interrogadas por funcionários sem escrúpulos com o argumento dos ‘direitos’ e dos ‘abusos psicológicos’. A extrema-esquerda do PS, o Bloco, o Livre e o PCP são lobos com pele de cordeiro, um perigo para as ovelhas que se deixam iludir pelo rebanho das utopias. O espírito de intolerância e a visão totalitária de João Costa, da CNPJ e das Mortáguas confirmam que votar no socialismo é promover o extremismo populista.