Portugal tem cerca de 1.500 refugiados sírios e quer que a Comissão Europeia (CE) coordene a resposta dos países da União Europeia (UE) em relação à suspensão do estatuto de proteção temporária.
“Portugal tem um problema, um desafio, de muito menos dimensão do que outros [países da UE], tem um número de pessoas beneficiárias de proteção internacional da Síria de cerca de 1.500”, anunciou esta quinta-feira o Governo.
No âmbito de uma reunião ministerial, em Bruxelas, o ministro da Presidência, que tem a pasta das migrações, considerou que a situação em Portugal contraste com outros países, por exemplo, a Áustria, que tem cerca de 100.000 refugiados sírios, ou a Alemanha, “que tem 900.000”.
Por enquanto, Portugal vai aguardar até que a CE se pronuncie sobre uma proposta apresentada por Lisboa e Berlim para coordenar a resposta europeia e evitar discrepância que possam levar a “movimentos secundários”.
No entanto, António Leitão Amaro não esclareceu que tipo de coordenação é proposta ao executivo comunitário, se é no sentido de assegurar a continuidade do estatuto de refugiado para os cidadãos sírios que o solicitaram ou se é mais alinhada com a Alemanha, que foi um dos países que já suspendeu os pedidos internacionais de proteção temporária.
“A aposta de Portugal é de que a Comissão Europeia procure liderar uma resposta alinhada entre os países. O conjunto de países está, mais ou menos, dividido a meio”, entre os que avançaram unilateralmente com as suspensões e outros países, como Portugal, que aguardam indicações, completou o governante, citado pela agência Lusa.