A nova aplicação apresentada através de um ícone de uma baleia é a última grande novidade na indústria da Inteligência Artificial. Nos últimos dias, a busca profunda pelo nome de um prodígio da tecnologia, Liang Wenfeng, não deixou margem para dúvidas. A startup chinesa ‘DeepSeek’ chegou ao mercado para revolucionar a IA e em pouco tempo fez disparar os alarmes em Silicon Valley, o maior polo tecnológico mundial que reúne as casas da Google, Apple e Facebook.
A razão pela qual a ‘DeepSeek’ se tornou um fenómeno é relativamente fácil de compreender: as opções semelhantes e sem custos que oferece aos utilizadores, mantendo a mesma eficiência que o concorrente ‘ChatGPT’, levou a que desde o passado dia 10 de janeiro a aplicação se tornasse líder de downloads em vários países (Portugal incluído).
A taxa de popularidade e de aceitação da nova app revelou-se também nos estragos que causou na bolsa de Nova Iorque. Mais do que isso: este lançamento programa logo à partida uma nova era não só na IA mas essencialmente no duelo China vs. EUA.
Numa altura em que Donald Trump direcionava esforços para colocar um ponto final nos problemas do ‘TikTok’ nos EUA – através da compra de uma das mais célebres aplicações chinesas com investimento norte-americano –, a nova entrada em cena da China coloca a batalha tecnológica num novo patamar.
Desta forma, Wenfeng (40 anos) tornou-se nos últimos dias um dos principais nomes a decorar e a seguir no mundo atual.
Marc Andreessen, engenheiro de software e empresário norte-americano comparou a importância deste lançamento com outro momento histórico:
«O desenvolvimento DeepSeek R1 é o momento Sputnik da IA». Trump também foi lesto a reagir: «O lançamento do DeepSeek, IA de uma empresa chinesa, deve ser uma chamada de atenção para as nossas indústrias de que precisamos estar extremamente focados em competir para vencer».
Liang nasceu em 1985 em Zhanjiang, uma cidade na província de Guangdong, no sul da China. Com as máquinas a conquistarem cada vez mais terreno, Wenfeng é o homem de quem todos querem ficar a saber um pouco mais – embora nem mesmo a sua criação ajude nesse sentido. «O que atrai o melhor talento é obviamente resolver os problemas mais difíceis do mundo», dizia em julho o cérebro da nova empresa chinesa de inteligência artificial.