Desafios estratégicos

Num ambiente geopolítico e tecnológico cada vez mais volátil, torna-se crucial que os Estados criem condições para defender os interesses nacionais e promover a estabilidade nacional e internacional.

O ano de 2025 inicia-se num contexto de incerteza e grande complexidade no panorama internacional. Num ambiente geopolítico e tecnológico cada vez mais volátil, torna-se crucial que os Estados criem condições para defender os interesses nacionais e promover a estabilidade nacional e internacional.

Neste cenário, os Estados devem adotar uma estratégia, definindo prioridades que permitam mitigar os impactos da volatilidade geopolítica e tecnológica, bem como aproveitar as oportunidades emergentes. Nesse sentido, o investimento em inovação assume um papel importante uma vez que alavanca a competitividade nacional e permite posicionar o país na vanguarda das transformações tecnológicas. Em paralelo, o desenvolvimento de competências através do investimento na educação e formação torna-se essencial enquanto garante da adaptabilidade e da resiliência do capital humano perante as rápidas mudanças no domínio laboral. A transição energética permanece uma prioridade, possibilitando uma redução da dependência energética e, consequentemente, o reforço da segurança nacional. Outro vetor fundamental é o reforço da resiliência económica que implica o fortalecimento de setores estratégicos e a diversificação das cadeias de abastecimento, reduzindo assim as vulnerabilidades face a choques externos imprevistos. Neste contexto, a diplomacia económica ganha uma relevância acrescida dado que permite fortalecer alianças comerciais e diversificar parcerias económicas mitigando riscos geopolíticos e assegurando a estabilidade económica nacional.

Neste contexto, a tomada de posse da nova administração dos Estados Unidos no mês passado sublinha a importância dos primeiros 100 dias de governação e da necessidade de antecipar mudanças. As decisões tomadas neste período inicial têm o potencial de influenciar significativamente as expectativas de investimento global, a confiança empresarial e a dinâmica económica e diplomática internacional. A comunidade internacional permanecerá atenta às ações e declarações da nova administração, procurando compreender e antecipar de que forma pretende exercer a sua influência nos próximos anos, num momento em que se enfrentam desafios sem precedentes e oportunidades transformadoras.

Num mundo caracterizado por incertezas geopolíticas e avanços tecnológicos disruptivos, a capacidade dos Estados e das organizações em navegar neste cenário complexo dependerá da sua apetência em adaptar-se às mudanças e de antecipar desafios futuros.