Ministra da Saúde defende regresso das PPP

Ana Paula Martins anunciou ainda que pretende diminuir a dependência que o SNS apresenta de médicos prestadores de serviço

A ministra da Saúde defendeu esta quarta-feira o regresso de vários hospitais ao modelo de parceria público-privada (PPP). Ana Paula Martins alega que isso se justifica por uma questão de gestão e não por ideologia.

“Eu defendo que em muitas das nossas unidades de saúde nós devemos retomar o modelo de PPP”, afirmou a governante em entrevista à Antena 1. 

Segundo a ministra, se a um determinado tipo unidades de saúde for devolvido um modelo de concessão e de gestão com normas que são utilizadas no setor privado consegue-se “melhores resultados para as pessoas”.

“É uma questão de gestão, não tem nada a ver com a ideologia”, garantiu Ana Paula Martins, que aponta o exemplo do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, como uma das unidades que podem passar para PPP, mas sem adiantar quais os outros hospitais que poderão integrar o modelo.

Nesta entrevista, a governante reiterou ainda que defende um modelo complementar de prestação de cuidados de saúde. Isto porque, quando esgotada a capacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), não vai “deixar pessoas à espera desde que elas aceitem ser tratadas no privado ou no social”.

Sobre as mudanças das administrações das Unidades Locais de Saúde (ULS), Ana Paula Martins salientou ter “total e absoluta liberdade” para escolher as pessoas que entende serem as mais adequadas para o cargo.

“Todas estas administrações que estão hoje à frente das ULS foram escolhidas pelo anterior diretor executivo, professor Fernando Araújo”, disse a ministra.

Ana Paula Martins anunciou ainda que pretende diminuir a dependência que o SNS apresenta de médicos prestadores de serviços. No entanto, reconheceu que sem estes tarefeiros muitas urgências no país estariam fechadas atualmente.