Um Homem Livre, meu Mestre, meu Melhor Amigo

Portugal perde hoje um dos seus maiores do pós-25 de Abril! Um Livre Pensador que sempre escreveu aquilo que achava e em que acreditava, sem medo da polémica, da controvérsia ou das críticas, que só o estimulavam.

Jamais esquecerei o sorriso com que se despediu de mim no nosso último encontro, há tão poucos dias. Não sei se chegou a comer os chocolates que lhe levei (chocolate preto, como me pediu), mas saí lá de casa a acreditar que ainda voltaríamos a ver-nos, pela força do aperto de mão e do abraço que senti. Só que a mensagem tão amiga que me mandaria depois, ao fim da manhã desta segunda-feira, cortou-me o coração. Era a despedida do meu Mestre, do Melhor Amigo.


Não, não o esquecerei, Zé António!
Por tudo o que foi, um Homem Livre, só refém das suas convicções, corajoso, incómodo, controverso, genial.
E pela longa caminhada que fizemos juntos, primeiro na vida profissional e depois na pessoal, familiar.
Primeiro no Expresso e depois no SOL, no Nascer do SOL e para além dos jornais.


Se tivemos dias, semanas, meses e anos difíceis… Mas também partilhámos conquistas extraordinárias, tantas vitórias suadas e conversas intermináveis ou madrugada fora, umas frutuosas e com tanto ainda para contar e outras que talvez possam não ter servido para mais do que os tais dois dedos de uma boa discussão ou troca de argumentos ou de coisas nenhumas e que ficam muito bem entre nós.


Mestre e Amigo,
Portugal perde hoje um dos seus maiores do pós-25 de Abril!
Um Livre Pensador que sempre escreveu aquilo que achava e em que acreditava, sem medo da polémica, da controvérsia ou das críticas, que só o estimulavam.


Não, o Jornalismo não seria o mesmo sem JAS.
Nem a Política à Portuguesa.
Que falta vai fazer ao País! E aos seus Leitores! E a mim!
Não, Zé António, não será nunca esquecido!