Mais de metade (53,6%) da população portuguesa avaliou, em 2024, o seu estado de saúde com “muito bom ou bom”, revelou esta sexta-feira o INE. Este é o valor mais elevado dos últimos 20 anos.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam também que a percentagem de pessoas que avaliava negativamente a sua saúde (12% em 2024) foi a mais baixa desde o início da série.
O número representa uma redução de 1,5 pontos percentuais (p.p.) relativamente a 2023 e significativamente inferior às registadas de 2004 a 2014 (entre 18% e 21%).
Os dados, que constam da publicação “Estatísticas da Saúde”, divulgada pelo INE por ocasião do Dia Mundial de Saúde , que se assinala a 7 de abril, referem que é na região da Grande Lisboa que se encontra a maior proporção de pessoas com 16 ou mais anos com uma perceção positiva do seu estado de saúde (60%).
Seguem-se os Açores (58,3%) e o Algarve (57,9%), ao passo que a região Centro registava, em 2024, a frequência mais baixa da população com autoapreciação positiva (46,6%), seguida do Oeste e Vale do Tejo e da Região Autónoma da Madeira, ambas abaixo dos 50%.
Os dados apontam que, em 2024, 42,3% da população com 16 ou mais anos referiu ter doença crónica ou problema de saúde prolongado, menos 2,2 p.p. do que no ano anterior (44,5%). Esta condição era mais frequente nas mulheres (45,9%) do que nos homens (38,2%) e afetava muito mais a população idosa: 68,1% por comparação com 32,2% da população com menos de 65 anos.
O INE assinala um decréscimo neste indicador em ambos os sexos e grupos etários.