Pelo menos 65% dos jovens profissionais de saúde já pensou emigrar tendo em conta os “salários baixos, falta de progressão da carreira e elevado nível de stress”, em Portugal.
A realidade está presente no estudo da Plataforma de Jovens Profissionais de Saúde que avalia o bem-estar de jovens médicos, farmacêuticos e enfermeiros até aos 35 anos onde se releva ainda “um cenário crónico preocupante de insatisfação e intenção crescente de emigração”.
“Apesar da dedicação inquestionável à profissão, os jovens profissionais de saúde em Portugal enfrentam condições de trabalho difíceis, com salários baixos, falta de progressão na carreira e um elevado nível de stress – fatores que os levam a considerar seriamente a emigração”, diz Xavier Canavilhas, representante da Plataforma, em comunicado, defendendo ainda que o barómetro revelou uma “realidade preocupante”.
Os números mostra ainda que 45% dos profissionais não estão satisfeitos com as condições de trabalho e 70% sentem-se “sob pressão frequentemente”. Além disso, mais de metade confessa não conseguir conciliar horários profissionais com a vida pessoal e familiar.
