“Um novo impulso para Portugal”. PS apresenta programa eleitoral

PS propõe salário mínimo nos 1.110 euros em 2029. Regresso do IVA Zero é outra das propostas.

O Partido Socialista apresenta este sábado o seu programa eleitoral onde, entre críticas à atual governação do país em temas como saúde ou habitação, deixou a promessa de várias outras medidas.

Um dos destaques vai para a proposta da medida IVA zero num cabaz de bens alimentares de forma permanente e reduzir ainda esse imposto para 6% na eletricidade até 6,9 kVA.

O PS quer ainda o aumento anual do Salário Mínimo Nacional de pelo menos 60 euros por ano, com o objetivo de atingir os 1.110 euros em 2029, querendo também reduzir, de forma faseada, a semana de trabalho para 37,5 horas.

No seu programa eleitoral, o partido adianta querer “celebrar um novo acordo para valorização dos salários em sede de concertação social, com metas mais ambiciosas na trajetória do salário mínimo nacional e do salário médio”.

No que diz respeito ao salário médio, o PS propõe um crescimento “em pelo menos 5% ao ano, atingindo pelo menos os 2.000 euros em 2029”.

Na apresentação do programa eleitoral, o líder do partido, Pedro Nuno Santos, garantiu: “O PS não desejou estas eleições e não fez nada para que acontecessem”. E reiterou: “Fizemos tudo para evitar eleições (…) Só não votámos a moção de confiança porque todos sabiam – e o PM também – que o PS não podia comprometer-se com este Governo”.

“Luís Montenegro sabia e escolheu atirar o país para eleições”, acusou.

Ao apresentar o programa, Pedro Nuno Santos referiu que “temos de baixar impostos no essencial”.

O PS propõe no programa eleitoral que todas as crianças nascidas a partir do início deste ano recebam 500 euros em certificados de aforro, uma medida que pretende dar um “pé-de-meia para depois iniciarem a vida adulta”.

Em relação à saúde, uma das medidas está relacionada com a medicina dentária e a saúde mental que o partido quer que sejam cuidados básicos do Serviço Nacional de Saúde, pretendendo ainda criar um apoio ao alojamento de médicos disponíveis para trabalharem em centros de saúde com falta de profissionais.

Pedro Nuno Santos criticou ainda os “truques” do Governo de Montenegro no que diz respeito ao IRS e defendeu que “a inflação abrandou mas os preços não voltaram ao que eram”. Nesse sentido, defendeu que medidas fiscais que não passam pelo IRS.

“As contas públicas do país dão margem para o Estado contribuir para este objetivo e reduzir impostos. Mas não são os impostos que só uma parte da população paga, mas os que toda a população paga quando compra o essencial”, que, na sua opinião, passa pelo gás, luz e imposto sobre circulação.

O socialista falou ainda na redução do IUC até 20% para carros mais antigos, o IVA na Luz e a fixação do preço do gás engarrafado.

Destaque ainda para as crianças. Todas as nascidas a partir do início deste ano recebam 500 euros em certificados de aforro, uma medida que pretende dar um “pé-de-meia para depois iniciarem a vida adulta”.

Junta-se a proposta do alargamento do apoio à renda para famílias de classe média que tenham uma taxa de esforço elevada.