PSD ataca programa do PS e o “fim das contas certas”

Ministro Castro Almeida questiona onde é que o PS vai “inventar o dinheiro” e considera que Pedro Nuno Santos arrisca ser “o novo José Sócrates”.

O PSD acusa o PS de apresentar uma “receita para o desastre” com o seu programa eleitoral. O ministro Adjunto e da Coesão Territorial disse, este domingo, que as medidas socialistas fariam regressar “o empobrecimento que terminou na bancarrota”.

Manuel Castro Almeida afirmou, numa reação na sede do PSD, que o “desespero apoderou-se do PS”, acusando os socialistas de “prometer tudo a todos sem fazer contas a nada”.

Para o ministro, cabeça de lista do PSD por Portalegre nas legislativas de 18 de maio, se o programa do PS alguma vez fosse aplicado, Portugal “voltaria a ter défice e a aumentar a dívida pública”. “É o fim das contas certas, é o enterro do equilíbrio orçamental do Estado”, acrescentou.

Se as medidas socialistas fossem postas em prática, “o país outra vez para 2011″, defendeu Castro Almeida, que considera que Pedro Nuno Santos arrisca ser o “novo José Sócrates” e que o PS “promete tudo a todos sem fazer contas a nada”.

A cumprir o programa socialista, Portugal “deixaria de ter possibilidade de aumentar as pensões e os salários da função pública, não teria qualquer hipótese de baixar o IRS, deixaria de ter um dos maiores crescimentos da União Europa”, sublinhou, acrescentando que não terá sido, “por acaso, que Fernando Medina não estava presente nesta apresentação”.

Segundo o governante, “é o próprio programa do PS que no seu cenário macroeconómico prevê que vai haver défice em 2026”, o que confirma que os socialistas “desvalorizam as contas certas”.

“Pedro Nuno Santos valoriza pouco as contas certas”, acusou, lembrando que essa posição é contrária à de socialistas como Mário Centeno, Fernando Medina ou António Costa.

“Os tempos que correm exigem prudência, muita prudência. O que o PS propõe é irresponsabilidade. É mesmo grau zero da responsabilidade política e financeira”, criticou, questionando quanto custa cada medida e “onde vai o PS inventar o dinheiro”.

Sobre a apresentação do programa eleitoral da coligação PSD/CDS, Castro Almeida revelou que acontecerá “brevemente”.

“As pessoas já sabem o que é que Luís Montenegro pensa, mas o programa será apresentado muito breve”, sublinhou.