Portugal tem de responder às tarifas em conformidade com a UE, diz Rangel

“Já estamos a trabalhar nisso há semanas. Isto é, a tentar proteger na resposta que a União Europeia venha a dar, os setores portugueses que poderiam ser mais impactados”, rematou.  

O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou, esta segunda-feira, que Portugal deve estar alinhado com o resto da União Europeia (UE) para lidar com a imposição de tarifas alfandegárias pelos Estados Unidos.  

Em declarações aos jornalistas, Paulo Rangel, no Palácio da Justiça, no Porto, disse que Portugal, assim como os outros governos, “pode ter um papel” individual no que toca a medidas para tentar mitigar os impactos das tarifas, mas “tem de ser visto também em concertação com a União Europeia”.  

Sobre a medida anunciada pelo governo de Espanha de um pacote de 14,1 milhões de euros para apoiar as empresas, Rangel disse compreender a “pressa” devido à “situação política interna”, mas alegou que “que grande parte dos apoios já existiam”. 

Ainda sobre Espanha, o ministro acrescentou que os dois governos estão “em conversações” e que os “ministros da Economia têm, aliás, uma conversa aprazada sobre esta matéria”. 

“Nós temos tempo para tratar desse assunto e vamos tratá-lo com todo o cuidado. Isso pode ter a certeza absoluta”, frisou Paulo Rangel, acrescentando que o Executivo está “em consultas com a Comissão Europeia, que é quem tem competência exclusiva para negociar as tarifas”.  

“Já estamos a trabalhar nisso há semanas. Isto é, a tentar proteger na resposta que a União Europeia venha a dar, os setores portugueses que poderiam ser mais impactados”, rematou.