As burlas por falso arrendamento registadas pela PSP no primeiro trimestre deste ano aumentaram 25% em relação ao mesmo período de 2024 ao totalizarem 390.
Dados da Polícia de Segurança Pública (PSP) divulgados esta quarta-feira dão conta que este crime, geralmente associado à burla informática, “reveste-se cada vez mais de uma maior diversidade de tipologias criminais” e tem “uma crescente expressão”.
Foram denunciados 1.214 em 2022, que aumentaram para 1.542 em 2023, havendo uma pequena descida para 1.511 em 2024.
Nos últimos três anos, a PSP registou um total de 4.267 crimes de burla por falso arrendamento de bens imóveis e, entre janeiro e março deste ano, foram contabilizadas 390 queixas.
Em comunicado, a PSP refere que tem havido “uma elevada quantidade de ocorrências diárias participadas”, acrescentando que, por consequência da evolução digital, os métodos utilizados não são facilmente detetáveis, sendo mais sofisticados e perigosos.
A polícia explica que, no universo das fraudes informáticas, as burlas em plataformas de alojamento online tornaram-se “um problema crescente”, cujo esquema fraudulento induz as vítimas a pagar antecipadamente por imóveis inexistentes ou já ocupados, acreditando estar a garantir uma reserva legítima.
Estes esquemas, segundo a PSP, citada pela agência Lusa “ocorrem frequentemente através de anúncios online e classificados de jornais”, oferecendo acomodações e preços atrativos, muitas vezes com imagens e endereços reais.
Posteriormente, os burlões estabelecem contacto por e-mail ou telefone, negociam o pagamento e instruem as vítimas a transferir dinheiro, seja por transferência bancária, cheque ou envio de numerário, sendo que, no final, “a vítima acaba por perder o montante enviado e nunca tem acesso ao imóvel prometido”, adianta.