O Governo aprovou, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros um conjunto de medidas para ajudar as empresas a responderem às novas tarifas impostas pelos EUA.
O chamado Programa Reforçar “prevê a mobilização de até 10 mil milhões de euros, através de instrumentos financeiros dirigidos a empresas com atividade exportadora e internacionalizada, com especial atenção à diversificação de mercados”, adianta o Governo.
Segundo o ministro da Economia, Pedro Reis, as medidas do programa passam pelo lançamento de linhas de crédito num montante total de 8,6 mil milhões de euros, através do Banco do Fomento.
Haverá um reforço das linhas de financiamento já existentes em 5.185 milhões de euros, destinados a fundo de maneio e investimento empresarial e uma nova linha no valor de 3.500 milhões de euros, incluindo 400 milhões em subvenções, orientada para o investimento de empresas exportadoras.
Será criada uma linha adicional de 1.000 milhões de euros para fundo de maneio sem subvenção e os plafonds de seguros de crédito à exportação serão reforçados em 1.200 milhões de euros, “para apoiar a diversificação de mercados, através da Agência de Crédito à Exportação do BPF.
O programa Reforçar vai incluir também um novo plano de incentivos, no âmbito do Portugal 2030, no valor de 200 milhões de euros, para apoio à internacionalização e exportação. “Deste montante, 150 milhões destinam-se especificamente a pequenas e médias empresas”.
Pedro Reis lembrou ainda os programas de 2.640 milhões de euros que já estavam a decorrer e que serão “antecipados” para que as empresas possam deles beneficiar já nos próximos meses.
A implementação do programa será acompanhada por um Grupo de Trabalho interministerial, com coordenação do Banco Português de Fomento.
O ministro garantiu também que estas medidas serão implementadas, independentemente das negociações entre os EUA e a União Europeia.
“Portugal deve ser porto de abrigo”, sublinhou Pedro Reis.