Pedro Nuno Santos sem responder sobre se só governa se ganhar eleições

Presidente da IL acusou PS de ter oferecido ao país estagnação

Pedro Nuno Santos não respondeu sobre se só governa se ganhar as eleições, num debate com Rui Rocha em que o legado político do secretário-geral do PS esteve em discussão, a par de visões diferentes para o país. 

Questionado sobre se só governaria se vencesse as eleições, o líder socialista afirmou que “o Partido Socialista tem de ganhar estas eleições, que é a única alternativa à AD” e que “Nós vamos fazer o nosso trabalho para ter a confiança do povo português”, afirmou.

Uma confiança questionada pelo líder da Iniciativa Liberal, exemplificando que a situação da habitação é resultado da governação do antigo ministro. “Pedro Nuno Santos tem zero resultados na solução da crise da habitação, vem na tentativa para enganar, mas trouxe um fundo de reabilitação em que foram pagos 3 milhões de salários sem que o projeto tivesse avançado”, argumentou.

Pedro Nuno Santos respondeu a valorizar o programa lançado quando tutelava a habitação, o mesmo para a “revolução na ferrovia” que diz ter sido lançada por si, acrescentando ainda: “Tenho muito orgulho no trabalho na TAP que hoje é uma empresa lucrativa”.

Rui Rocha respondeu a dizer que a TAP “demorará 60 anos a devolver aos contribuintes portugueses”, lembrou  “500 mil euros aprovados por WhatsApp para uma indemnização”, afirmando que “quem quer governar tem de confrontar-se com o seu próprio passado”, explicando que Pedro Nuno Santos prometeu até que até 50 anos do 25 de Abril “todos os portugueses [teriam] habitação condigna”, apontando que como “resultado [há uma] crise profundíssima na habitação”. 

No  início do debate, o presidente da IL Rocha garantiu que o partido está disponível “para ser uma solução de confiança para o país” e que ambiciona um “país a crescer”, “ultrapassar o país dos salários de mil euros” e de “trazer a visão de esperança e futuro”.

Pedro Nuno Santos disse que Rui Rocha que “não tem experiência governativa” e “não tem nada para mostrar nem de bom nem de mau”, garantindo que “eu nunca fui um radical de esquerda”, insistindo que “não há um exemplo de propostas políticas que tenha defendido que possam ser apelidadas de radicais” e que o seu “posicionamento político é o mesmo”, concluindo: “Quando oiço Rui Rocha dizer que quer fazer avançar Portugal é fazer avançar Portugal contra uma parede”.

O presidente da IL reagiu afirmando que Pedro Nuno Santos “tem uma visão em que o bolo é pequeno e continua sempre igual”, assumindo que “são visões completamente diferentes” e  acusando o PS de ter oferecido ao país estagnação.