Livre VS AD (CDS): “Rui Tavares está convencido de que é primeiro-ministro”

Confrontados sobre o porquê de o debate desta noite não ser entre Rui Tavares e Luís Montenegro e Rui Tavares, o primeiro a responder foi Nuno Melo. 

O primeiro debate da noite desta sexta-feira é entre Nuno Melo (AD) Isabel Mendes Lopes (Livre).  

Confrontados sobre o porquê de o debate desta noite não ser entre Rui Tavares e Luís Montenegro e Rui Tavares, o primeiro a responder foi Nuno Melo. 

“Rui Tavares está convencido de que é primeiro-ministro. Em democracia não há candidatos a primeiro-ministro, há candidatos a deputados”, afirmou. “E esta é uma coligação de dois partidos”. Nuno Melo trocou ainda o Livre com o Bloco de Esquerda: “às vezes confundo”, rematou.  

Por sua vez, Isabel Lopes questionou: “A pergunta é, de facto: porque é que Luís Montenegro não está neste debate? O Livre sempre foi muito claro: se Montenegro, o candidato a primeiro-ministro da coligação da AD, não viesse, Rui Tavares que é o nosso candidato a primeiro-ministro, a nossa figura principal não estaria no debate”. 

 
No entanto, Luís Montenegro “escolheu distorcer as regras a seu favor” e “olhou para a quantidade de partidos com quem tinha de debater e escolheu os partidos com quem não queria debater, sem apresentar nenhuma justificação”. 

Sobre a NATO 

Na Defesa, sobre a necessidade de investir em defesa, o que poderá criar défice, Nuno Melo garante que a perspetiva de que não haverá um desinvestimento noutras áreas não é uma ilusão. 

“Não é uma ilusão e é, de resto, uma oportunidade que me dá”, disse, acusando ainda o Livre de ser “irresponsável”, e explicou o porquê: “Quando militares portugueses, enfrentando perigos reais, estão por exemplo na Lituânia, na Roménia, na Eslováquia, o melhor que o Livre tem para dizer é que tem de se acabar com a NATO e colocar os americanos do lado de fora da equação”. 

“O mundo corre riscos reais de guerra. E quando assim acontece, Portugal no contexto da NATO, tem de estar à altura dos compromissos que firmou com os seus aliados”, rematou.  

Já Mendes Lopes salientou que “o Livre não quer acabar com a NATO, não quer que Portugal saia da NATO”, e defende a “comunidade europeia tem de se organizar numa comunidade europeia de defesa”, e justificou: “o futuro da NATO é incerto por causa dos EUA”. 

Já sobre o serviço militar obrigatório: “No atual contexto, não consideramos que se deva ir por esse caminho”.  

Neste sentido, Isabel Mendes Lopes defende que o investimento em defesa implica “dignificar as Forças Armadas para conseguirem ter capacidade de retenção, e rematou: “A defesa não se faz só com armas”, vinca. 

Sobre Habitação 

Sobre este caderno, o Livre considera que a Habitação é “problema gravíssimo, uma emergência”, a que o Livre quer responder com uma proposta de investir mil milhões por ano em habitação pública. Para o partido, é fundamental para “garantir que não temos estas flutuações, que não estamos nas mãos do mercado e da especulação imobiliária”. 

“Admito cumprirmos o que está no programa da AD”, disse, por sua vez, Nuno Melo, sobre se a garantia pública aos jovens na compra de casa é para manter. 

O representante da AD acusa ainda o Livre de uma “deriva estalinista” com tentativa de arrendamentos forçados. E acrescenta que o Livre viabilizou “quase tudo o que era do Chega”.  

“Não é verdade”, respondeu Mendes Lopes, relembrando Nuno Melo que o Governo “teve um ano” para regular o fundo de emergência para a habitação. 

Troca novamente para Nuno Melo, que recorda os avanços que o Executivo fez nas carreiras da administração pública. 

Notícia atualizada.