Produção de energia bate recordes

Em 2024, 71% da procura portuguesa de eletricidade foi satisfeita através de energia limpa.

A produção de energia limpa em Portugal vai bem e recomenda-se. Segundo os mais recentes dados, Portugal  alcançou um marco em 2024 ao satisfazer 71% da sua procura de eletricidade através de fontes de energia limpas. «2024 foi, aliás, o segundo ano com maior consumo de sempre no sistema elétrico nacional, apenas ultrapassado, em cerca de 2%, pelo máximo histórico ocorrido no ano de 2010. No ano passado, o consumo de energia elétrica abastecido a partir da rede pública totalizou 51,4 TWh, com um crescimento de 1.3% face ao ano anterior (2,0% considerando a correção dos efeitos temperatura e número de dias úteis)», refere a  REN.

Entre 1 de janeiro e 28 de fevereiro deste ano,  foram gerados 9 146 Gigawatts (GWh) de eletricidade em Portugal Continental, dos quais 80,5% tiveram origem renovável. A associação explica que «este valor reflete a maturidade do contributo das tecnologias hídrica e eólica, a par de um contributo crescente da tecnologia solar, em linha com os registos de Janeiro de 2025», adianta a APREN, acrescentando que  «a maior utilização dos recursos endógenos e renováveis portugueses para a produção de eletricidade tem alterado a composição do mix de produção de eletricidade em Portugal e tem, consecutivamente, desempenhado um papel cada vez mais determinante na satisfação do consumo, tendo sido bastante evidente em 2020 devido à queda no consumo resultante da pandemia da COVID-19».

Já a REN anunciou que o consumo de energia elétrica nos primeiros três meses deste ano foi «o mais elevado de sempre», tendo sido consumidos 14,1 TWh, batendo os 13,9 TWh registados no primeiro trimestre de 2010.

A entidade refere que, face ao mesmo período do ano passado, foi registado um aumento de 2,7%, ou 1,9% com correção da temperatura e dias úteis. Olhando para março, o consumo de energia elétrica registou um crescimento homólogo de 2,8%.

As contas de todo o primeiro trimestre mostram que o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 1,42, o de produtibilidade eólica em 1,03 e o de produtibilidade solar em 0,78 (médias históricas de 1). Neste período, «a produção renovável abasteceu 81% do consumo de eletricidade, com a componente hidroelétrica a representar 39%, a eólica 29%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 5%. A produção a gás natural abasteceu apenas 12% do consumo, enquanto o saldo de trocas com estrangeiro abasteceu os restantes 7%».