Tribunal determina que julgamento do caso da grávida da Murtosa será à porta fechada

A decisão foi justificada com a necessidade de proteção da vida privada da vítima, que decerto será abordada e discutida no julgamento.

O Tribunal de Aveiro decidiu que o julgamento da morte de Mónica Silva, a grávida da Murtosa, cujo corpo ainda não foi encontrado será à porta fechada. 

“A juíza titular do processo determinou a exclusão da publicidade da audiência de julgamento e demais atos processuais”, lê-se no comunicado do tribunal a que o Nascer do SOL teve acesso.

“Sendo previsível que o julgamento da causa, decerto, exigirá a discussão da vida íntima de Mónica Silva e de terceiros, sobressaindo, assim, o dever de protecção da dignidade pessoal daquela, face aos demais intervenientes envolvidos, nomeadamente, os seus filhos e impondo-se, igualmente, garantir que a prova seja produzida sem constrangimentos e unicamente com o desígnio do apuramento da verdade dos factos, protegendo as testemunhas da discussão pública e mediática por forma a garantir a espontaneidade dos depoimentos”, justifica o tribunal.

No comunicado, o tribunal informa, no entanto, que “serão regularmente emitidas notas informativas sobre o decurso das várias sessões, com as informações que o tribunal entenda que se justifique serem prestadas”.

A primeira sessão do julgamento está marcada para dia 19 de maio, dia em o arguido, Fernando Valente, com quem a vítima terá tido uma relação amorosa, será ouvido.