Apesar de ter saído das listas do PS às legislativas de maio, o socialista não deixou o palco público – pelo contrário. Nas últimas semanas os vídeos com as suas intervenções, discussões e críticas assertivas têm-se tornado virais nas redes sociais. Estes são alguns dos mais vistos e partilhados. É Sérgio Sousa Pinto, sem papas na língua.
PAN com maioria? «Não sei o que faria, além de me suicidar»
No dia 22 de março, a propósito da sondagem do ICS/ISCTE para a SIC/Expresso que dava 20% das intenções de votos à AD, contra 15% do PS, o jornalista da CNN Anselmo Crespo questiona Sérgio Sousa Pinto sobre a possibilidade de o PS não vencer, mas existir uma maioria de esquerda. O agora ex-deputado do PS apressa-se a interromper: «Mas alguém, olhando para o atual Parlamento, consegue verdadeiramente imaginar esse cenário? Então para que é que estamos aqui a especular?». E ironiza: «Também podemos especular o PAN ter maioria absoluta. O que é que eu faria nesse caso, além de me suicidar…»
O comentário inesperado de Sousa Pinto causou gargalhadas no estúdio e teve mais de mais de 90 mil visualizações num vídeo partilhado na rede social X.
Catarina Martins a «dançar» e Bugalho com ataque de riso
O vídeo já tem pelo menos três anos, mas continua a ser partilhado e a fazer sucesso nas redes sociais. Desta vez, Sérgio Sousa Pinto não poupa na sátira ao discutir com Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do ISCTE e ministra da Educação entre 2005 e 2009, sobre o papel da esquerda no Governo.
«Quando deixarmos o território da poesia, quando o mundo maravilhoso sem eucaliptos, com toda a gente a correr atrás de borboletas e a receber o rendimento universal, em que Catarina Martins dança em torno de lagos e Inês Sousa Real também corre pelos prados», diz Sousa Pinto, enquanto Sebastião Bugalho, do outro lado da mesa, não consegue conter o riso. «Quando sairmos desse terreno de loucura […] quem estiver disponível para as decisões difíceis, essa é a discussão útil».
Marcelo que «faça um serviço ao país e cale-se!»
Em junho de 2023, um vídeo de Sérgio Sousa Pinto a comentar na CNN volta a viralizar. O ex-deputado socialista, visivelmente irritado, insta Marcelo Rebelo de Sousa a «prestar um serviço ao país», e a calar-se, caso não tencione «fazer nada» para levar à queda do Governo: «[O Presidente] quer o desgaste lento do Governo? Quer o desgaste rápido? Quer demitir o Governo? O que é que quer? Se não quer nada, cale-se! Cale-se!».
Sousa Pinto exalta-se em direto com Maria Castello Branco
Numa conversa no programa Contrapoder com a analista política Maria Castello Branco sobre a polémica da empresa familiar do primeiro-ministro, Sérgio Sousa Pinto exalta-se com a insistência da comentadora acerca da falta de explicações de Montenegro sobre a Spinumviva. «Mas podemos falar de outro assunto? Quando eu ouço falar em ética, já só me apetece ir pôr a roupa na máquina», começa por atirar o ex-deputado socialista, já visivelmente irritado. «Eu não consigo mais!», grita. «Podemos falar de política? Estou farto dessa conversa!».
A reação de Sousa Pinto gerou vários cliques e comentários nas redes sociais – a maioria a aplaudir a sua atitude – e, mais uma vez, o ex-deputado socialista caiu nas boas graças da direita, ao defender Montenegro e a sua família.«[O PM] faz tanta falta no Douro como a Proteção Civil em São Bento»
«[O PM] faz tanta falta no Douro como a Proteção Civil em São Bento»
Em agosto de 2024, as imagens de Luís Montenegro de colete salva-vidas a bordo de uma lancha no rio Douro, a acompanhar as s operações de busca pelos militares da GNR desaparecidos após a queda de um helicóptero no rio Douro, perto de Peso da Régua, viralizaram.
À boleia da situação, um vídeo de Sérgio Sousa Pinta fez sucesso nas redes sociais. Mais uma vez, o comentador não poupou nas críticas a Montenegro: «O primeiro-ministro não resolve problema nenhum de fundo do país e anda a subir e a descer o Douro a atrapalhar quem anda a cumprir a sua função, quando a dele era estar em São Bento a tratar dos problemas nacionais. Ele faz tanta falta no Douro como a Proteção Civil faz no jardim de São Bento. Isto já não é política de espetáculo, é um espetáculo de política!».